R.I.P. DAVID LYNCH - MULHOLLAND DRIVE – DUAS FACES DA MESMA LOUCURA! (Publicação de 2013)



David Lynch é um realizador com os pés bem assentes no chão, mas com a cabeça sempre a viajar por galáxias distantes. Não será por acaso que deixa um rasto de destruição sempre que lança cá para fora mais uma das suas grandiosas excentricidades.

Será que o pessoal já se esqueceu da série Twin Peaks, que pôs meio mundo com os neurónios colados ao teto a tentar descobrir o assassino de Laura Palmer? E, se calhar, tudo isso para nada, porque a rapariga ainda deve andar por aí. Tal como o Elvis e o Jim Morrison. Já agora, o Kurt Cobain, o Jimi Hendrix e o Michael Jackson. Andam todos por aí, cantando e rindo às nossas custas. Peço desculpa, mas ainda estou meio influenciado pelo filme que acabei de rever e já nem digo coisa com coisa.

Meus amigos, Mulholland Drive ultrapassou todos os limites. David Lynch é cruel e vai gozando, descaradamente, com a nossa cara. A história é super enigmática e, para quem ainda não teve a coragem de a abordar, deixo aqui um ligeiro cheirinho para aguçar o apetite dos meus camaradas “psico-masoquistas” que, tal como eu, adoram torturar os seus indefesos cérebros.

Tudo começa quando Betty chega a Los Angeles com o sonho de se tornar numa grande atriz e conhece acidentalmente Camilla, que está meia esgazeada devido a um aparatoso acidente numa curva em Mulholland Drive.

Mas assim seria fácil demais. Vou reformular o parágrafo anterior. Aqui vai um flashback:

Tudo começa quando a canadiana Diane chega a Los Angeles com o sonho de se tornar numa atriz famosa e conhece por acaso Rita, que está num estado lastimável após ter sofrido um grave acidente em Mulholland Drive. Afinal, quem é que chega a Los Angeles? Betty ou Diane?

Deu para entender a complexidade da coisa? Mas isto são “peanuts” se compararmos com a imensidão de perplexidades que nos vão surgindo pela frente. O momento zero de todas estas anormalidades surge no fatídico instante em que Diane adormece. Temos de estar emocionalmente bem preparados para não darmos trabalho aos nossos familiares. Acreditem, isto é só um aviso! O ambiente descarrila a sério e torna-se assustadoramente sombrio, culminando numa série de incongruências, delinquências e extravagâncias que nos deixam completamente apáticos e sem a mínima capacidade de reação.

Todos sabemos que a arte e a loucura andam muitas vezes de mãos dadas, mas, quando chegamos ao misterioso Clube Silêncio, ficamos com a estranha sensação de que David Lynch só podia andar a fumar alguma erva rara que o pôs completamente desvairado. O mais grave é ele pensar que a melhor forma de transmitir o seu desnorte é fazer o espetador partilhar as suas alucinações.

Rebekah Del Rio, com aquela sobrenatural interpretação do tema Crying, de Roy Orbison, deixa qualquer um em estado de choque. Betty e Rita não resistiram e foram-se abaixo de forma arrepiante. Verdade seja dita, nem a Ágata, nos seus melhores dias, conseguiria uma performance tão poderosa.


Enfim, talvez seja melhor ficar por aqui. Quem pensa que pode acabar de ver o filme e sair tranquilamente para tomar um cafezinho pode tirar o cavalinho da chuva. Mulholland Drive é uma assombração que vos irá perseguir durante uns tempos. O universo “Lynchiano” está infestado de perigosas armadilhas e não pode ser enfrentado de peito aberto. Eu armei-me em esperto e acabei por pagar bem caro a ousadia.

Andei uma temporada a viver numa espécie de campo metafísico, situado algures entre a realidade e o sonho. O medo tomou conta de mim. O simples gesto de ligar a televisão era suficiente para apanhar cada cagaço que nem é bom pensar. No início, aparecia-me a Teresa Guilherme aos berros e, outras vezes, a Júlia Pinheiro a relinchar. Depois era aquela aberração chamada Manuel Luís Goucha com umas vestimentas super reluzentes e a sua amiga a guinchar. Um verdadeiro pesadelo.



   
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TODOS OS CAMINHOS VÃO DAR A… JONATHAN ROY

Não há dúvidas de que este blog anda quase sempre pelos caminhos complexos e tempestuosos do metal. Volta e meia, faço um desvio para trajetos menos sombrios, em busca de algo que me desperte a atenção.

Num desses percursos — acho que foi nos trilhos de Arouca —, encontrei o genial Jonathan Roy. Trata-se de um canadiano que viaja pelo rock, pop e soul, misturando tudo isso de forma magistral.

O que mais me impressionou foi aquela poderosa voz que, facilmente, passa de tons suaves para níveis estratosféricos. Acima de tudo, há ali muito soul!

O tema "Keeping Me Alive" demonstra, na perfeição, toda essa versatilidade vocal.

Jonathan Roy é a prova irrefutável de que a boa música não tem fronteiras estilísticas e pode ser encontrada em qualquer esquina.

Basta entrarmos nos passadiços certos!

           

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COMENTÁRIOS-BEIJOS-ABRAÇOS-AMEAÇAS DE MORTE-FACADAS NAS COSTAS

ESTEJAM À VONTADE


MICK MOSS – DESAFIANDO AS LEIS DA VIRTUOSIDADE



Aconteceu algo de sobrenatural... 
Mick Moss apareceu-me no caminho! 

Após uma análise detalhada da sua extensa obra, fiquei com a sensação de que está no mesmo segmento do genial Daniel Gildenlow (Pain Of Salvation).

 Ou seja, duas almas excêntricas que passam ao lado dos parâmetros convencionais e, acima de tudo, apostam nas suas ideias sem qualquer preocupação em agradar às massas.

O tema "The Third Arm" da banda Antimatter  é qualquer coisa do outro mundo.

A letra explora a sensação de estar aprisionado por traumas do passado e a busca desesperada pela libertação desses demónios.

 A poderosa voz de Mick Moss dá vida a toda essa angústia, fazendo com que cada palavra seja sentida de forma intensa e emocionante.

A lição é clara: mesmo nos momentos mais sombrios, temos sempre a oportunidade de escolher o caminho da redenção.

A combinação da letra poderosa com a interpretação emocional de Moss, faz de "The Third Arm" uma reflexão nua e crua sobre a luta interna para reparar as cicatrizes do passado.












COURTNEY LAPLANTE - ANJO OU DEMÓNIO?


 Não há duvidas que a apresentação das duas edições do  TOP – 10 BEST FEMALE METAL SINGERS foi um dos pontos altos deste blog.

O nosso amigo Camões sempre disse que o mundo era composto de mudança.

Nada mais certo! Ele já sabia que, com o passar do tempo, iriam surgir estrondosas novidades neste universo paradisíaco das Female Fronted Bands.

Confesso que quando ouvi pela primeira vez a voz de  Courtney LaPlant senti um misto de emoções. Inicialmente entrei numa espécie de paz celestial, depois senti um forte arrepio na espinha.                      

Arriscaria afirmar que estamos perante uma fusão entre o grunhir de um javali e o chilrear de um rouxinol. Não me apetece estar aqui com elaboradas análises, posso apenas alertar a malta para não se deixar levar pelas aparências.

Ouçam, esqueçam se for caso disso, mas…  sejam felizes!




QUEM É KEITH WALLEN?

Se perguntarmos a qualquer pessoa quem é o guitarrista dos Alter Bridge, a resposta é imediata: Mark Tremonti. E se estivermos a falar dos Metallica? Está na ponta da língua: Kirk Hammett. Alguém sabe quem é o guitarrista dos Breaking Benjamin? Ah… pois é!

A carreira de analista/comentador  musical não é para qualquer um. São anos e anos de teses, fórmulas matemáticas e dissertações até atingirmos  o estado máximo da suprema sabedoria. O verdadeiro… nirvana!  

Dito isto, vou dedicar meia dúzia de palavras a um perfeito desconhecido no maravilhoso mundo do post-grunge internacional.

Keith Wallen, talvez para aliviar um pouco a pressão da sua guitarra com os Breaking Benjamin, decidiu espairecer para um rock alternativo mais sereno e libertador.

Este tema é dedicado a todos os que me acusam de estar sempre a bater na mesma tecla.

Têm toda a razão, tenho de reconhecer que há mais vida para além do Hard & Heavy. 

Keith Wallen veio mesmo serenar os ânimos por estes lados.



KATATONIA - FESTIVAL LAURUS NOBILIS 2023

A minha vida parece um comboio de emoções pronto a descarrilar a qualquer momento. Como sabem, além de analista musical, acumulo uma imensidão de outras tarefas com enorme relevância para o bem-estar da humanidade. Por exemplo, na qualidade de ativista ambiental, tenho andado por esse mundo fora a esvaziar latas de tinta nas fuças dos negacionistas das alterações climáticas. Por esse motivo, interrompi a honrosa missão de revelar aos meus seguidores as  bandas que me têm acompanhado nos últimos tempos. Com alguns meses de atraso, vou aproveitar este momento de alguma calmaria para dedicar umas  palavrinhas à passagem dos geniais Katatonia pelo festival  Laurus Nobilis. Infelizmente, talvez devido à dimensão atarracada do recinto, fiquei com a sensação de que Jonas Renkse & companhia  não deram o máximo. Limitaram-se a despejar, sem grande chama, os seus temas mais conhecidos. Aquele precipitado final, mostrou que os Katatonia estavam a sofrer uma crise aguda de ansiedade. Queriam abalar rapidamente para palcos mais condizentes com o seu estatuto no reino do Doom Metal mundial. Nada a fazer, o público até pode ter entrado na dança, mas eu regressei a casa com um sabor amargo na boca. 

PAIN OF SALVATION - SISTERS

 

Admito  que sempre tive uma relação de amor/ódio com os Pain Of Salvation.

A mente fervilhante/excêntrica do genial Daniel Gildenlow produz temas de tal forma intrincados que desafiam a própria inteligência humana. Confesso que não consigo encaixar grande parte da obra destes pesos pesados do Metal Progressivo. Atenção, até posso ficar com o cérebro em frangalhos, mas quando encaixo… encaixo a sério! Vou só mencionar o tema  Iter Impius que estará para sempre  guardado na minha sagrada galeria musical.

Por incrível que pareça, com 4015 dias de atraso, este ano  cruzei-me com mais uma  preciosidade. Para um especialista da minha craveira, isto é um deslize imperdoável!

Em Sisters, a sublime voz de Daniel Gildenlow  leva-nos a abandonar o mundo  terreno para entrarmos  numa espécie de dimensão extra-sensorial.

Tudo bem, se calhar não chega a tanto… mas anda lá muito perto!





SOEN – VIOLENCE

 

Podia estar aqui o dia todo a falar sobre os Soen, mas tenho uma consulta inadiável no otorrinolaringologista.

Pensando melhor, acho que até já falei demais sobre esta banda neste grandioso Blog/Blogue.

Perfeitamente normal, já que se trata de uma banda que está no meu Top 10 de todos os tempos.

Poderei apenas salientar que aquela noite no Hard Club foi emocionante.

Dizem que um homem nunca chora, mas tenho de confessar que a dada altura senti um arrepio na espinha e uma lágrima no canto do olho. 

Tudo isto porque assistiu-se a uma celebração mística, que se manifestou  por uma espécie de hipnose coletiva.

 Não tenho mais palavras para descrever este sublime fenómeno.




STRATOVARIUS – BEFORE THE WINTER (EM FALTA NO MILAGRE METALEIRO 2023)

 


Como é fácil de entender, nesta reportagem tenho de relatar a minha passagem pelos diversos festivais/concertos que tive a honra de presenciar durante este ano.O festival Milagre Metaleiro fez parte dessa viagem e dediquei especial atenção a duas bandas: Stratovarius e Dark Tranquillity. Como a  parte dos Dark Tranquillity já foi dissecada, agora vou dedicar umas palavrinhas aos Stratovarius.

A área do Power Metal nunca me interessou por aí além. A batida é sempre a mesma e os refrões são repetidos até à exaustão. Os finlandeses Stratovarius volta e meia fogem desse registo para fabricarem verdadeiras obras de arte.

 Assim de repente estou a lembrar-me de três: Before The Winter, Coming Home e o clássico Kiss Of Judas. 

Para mal dos meus pecados, na  set-list optaram pela  zona de conforto porque sabem que é garantia de sucesso entre a multidão.

Fiquei destroçado e entrei na cervejola para afogar as mágoas. Acabei estendido numa ambulância do INEM em coma alcoólico. Para compensar a desilusão, aqui fica um dos temas obrigatórios … Before The Winter.




ANNISOKAY – HUMAN (PLAYLIST – 2023)


 Os  alemães Annisokay  apesar de estarem inseridos no departamento  Post-Hardcore, têm um talento especial para inserir os riffs poderosos do Metalcore, proporcionando ambientes   envolventes  e explosivos.

Este tema aborda uma problemática atual que a todos  diz respeito.

Apesar dos alertas, a humanidade continua a maltratar o nosso planeta em nome dos avultados lucros financeiros.

Se esta trajetória não for interrompida, estaremos inevitavelmente condenados à devastação total.

Sem dúvida uma banda a acompanhar com atenção.




DARK TRANQUILLITY – FORWARD MOMENTUM (Milagre Metaleiro Open Air 2023)


 

Foram os Dark Tranquillity que me fizeram meter os pés a caminho até  à sagrada aldeia de Pindelo do Milagres.

Mal soou a primeira nota deu logo para adivinhar que naquela noite iria mesmo acontecer algo de sobrenatural.

As guitarras soltavam riffs tão arrepiantes que os anjos do rock acenavam lá do alto em sinal de aprovação. A voz poderosa de Mikael Stanne assemelhava-se a trovões sobre a multidão. Era como se toda a energia do universo tivesse convergido para aquele palco. Um verdadeiro espetáculo transcendente! Não é por acaso que este festival tem o nome de ”Milagre Metaleiro Open Air”.

Pronto, chega de paleio barato!  Fiquem com “ Forward Momentum”,   um dos pontos altos da atuação destes monstros sagrados do chamado “Death Metal Melódico de Gotemburgo”.

INSOMNIUM – WHILE WE SLEEP

 

O Metal é um universo gigantesco e complexo que engloba uma imensidão de géneros e subgéneros.

Devo dizer que nunca fui muito à bola com a vertente Death Metal. No entanto, aos poucos fui ganhando confiança para arriscar.Em boa hora o fiz, porque arrisquei e acabei por… petiscar! Durante essa caminhada fui de imediato seduzido por três ou quatro bandas que se destacam no meio daquele emaranhado de velocidade, caos e agressividade.

Os Insomnium são especiais porque conseguem acrescentar um cariz melódico e atmosférico a toda aquela carga depressiva, criando sensações relaxantes e contemplativas. Eu sei que estas últimas palavras provocaram alguns sorrisinhos de escárnio.  Até parece que estou a falar de uma sessão de Yoga ou Reiki! Nada a fazer, deixo-vos com o tema “ While We Sleep” e tirem as vossas próprias conclusões.

P.S. – Já avisei montes de vezes que os temas apresentados não têm de ser obrigatoriamente do ano em análise. Este por acaso é de 2014 e apeteceu-me revisitá-lo. Posso?




DEMON HUNTER – SILENCE THE WORLD (PLAYLIST - 2023)


 Penso que é a primeira vez que os Demon Hunter aparecem por aqui. Nunca é tarde! Estamos a falar de uma banda bipolar que vai de um extremo a outro. Trocando por miúdos: misturam na perfeição os elementos pesados do metal com uma abordagem mais suave  e melódica. Talvez algo do tipo: Metallica meets  Coldplay. Grande comparação! Peço desculpa…  assim de repente foi o que me veio à cabeça.

Para ser sincero, apesar de apreciar os dois cenários, a balança pende levemente  para a faceta mais calma e reflexiva.

O tema “Silence The World” é um sinfonia de poder e resiliência. Os acordes pausados mas energéticos e as letras incisivas levam-nos para uma viagem de coragem e determinação para enfrentar as adversidades que o mundo nos impõe.

A colaboração da inconfundível voz de Tom Englund (Evergrey) transporta tudo isto para patamares nunca dantes navegados.

Lindo…


To be continued...


BAD OMENS -THE DEATH OF PEACE OF MIND (PLAYLIST – 2023)

 


Como estamos na reta final de 2023, chegou o momento ansiado por todos os meus  seguidores nos quatro cantos do mundo e arredores.

Estou a falar da habitual listagem dos temas que me deixaram de rastos durante os 12 meses do ano. Trata-se de um empreendimento de enorme exigência, que só é possível graças à minha enorme capacidade de absorver  as pérolas que andam à solta neste maravilhoso mundo da música.

Aviso desde já que esta aventura vai ser  intensa e imprópria para cardíacos. Quem não tiver arcaboiço para aguentar a turbulência talvez seja melhor abandonar o barco.

BAD OMENS -THE DEATH OF PEACE OF MIND  (PLAYLIST – 2023)

Vou começar esta aventura pelos norte-americanos Bad Omens com um tema que aborda as turbulências que podem surgir numa relação amorosa. Noah Sebastian vai alternando a voz melódica com a agressividade das partes guturais, criando o ambiente perfeito para  transmitir que o amor nos pode desviar para caminhos caóticos e imprevisíveis. Estas coisas do coração são tramadas. Aconselho a todos  alguma prudência quando forem atacados pela seta do Cupido. Todo o cuidado é pouco!

To be continued...





MENTES BRILHANTES


No outro dia, ao fazer zapping pelos diversos canais, passei por uma imagem que me deu a volta ao estômago.  Em vez de tomar um Rennie, decidi deitar tudo cá para fora.  A contratação de Pedro Nuno Santos como nova estrela da análise política e económica, levanta uma série de questões pertinentes. Como pode um país estar cronicamente em depressão económica e social, quando sempre esteve povoado por verdadeiros génios que nos diagnosticam os males e indicam o caminho a seguir rumo à prosperidade eterna? 

Só para lembrar alguns do passado: Miguel Cadilhe, Miguel Beleza, Daniel Bessa, Eduardo Catroga, Vítor Constâncio, Pina Moura e José Sócrates.

Que país europeu se pode gabar de contar nas suas fileiras com cérebros deste calibre?

O mais espantoso é que estes prodígios da natureza estão sempre a aparecer e vão espalhando a sua sabedoria em todos os canais televisivos. Os mestres da atualidade são mais que as mães: Marques Mendes, Paulo Portas, Santana Lopes,  Miguel Relvas, Paulo Pedroso e por aí fora.

Com a chegada de Pedro Nuno Santos, imagino que a próxima mente brilhante será…  João Galamba!

Estranhamente, os canais televisivos que constantemente dão voz às suas sábias análises, nunca se lembraram de promover um debate incidindo sobre o outro lado da questão.

Ou seja, analisar o contributo de cada um destes DEUSES para o desenvolvimento real do país. 

Não será necessário um grande esforço mental para chegarmos à triste conclusão de que, afinal, estes pesos pesados da economia e gestão já tiveram  oportunidade de passar à prática toda a sua inteligência. Resultados? Os mesmos de sempre: incompetência, desorganização,desperdício, desleixo,chico-espertismo e arrogância.

Enquanto andamos extasiados com todo este brilhantismo, os outrora pobrezinhos países de leste aproveitam para nos ultrapassar... com um  sorriso malicioso nos lábios.

A parte mais bizarra de tudo isto é tentar decifrar como é que ainda alguém consegue dar ouvidos a estes “Génios de Sarjeta”  apesar das “Geniais Borradas” que cometeram.

Só encontro uma explicação para este fenómeno: os comentadores iluminados e os telespectadores estarrecidos, estão todos enfiados no mesmo saco das… MENTES BRILHANTES!!!!


 

HARD CLUB – SOEN: MEMORIAL TOUR

 

SOEN – EXPLORANDO O UNIVERSO DO METAL PROGRESSIVO

Em 2021 estava praticamente de malas aviadas para assistir ao concerto desta monstruosa  banda. Repentinamente a pandemia reacendeu-se e eu acagacei-me forte e feio!

Como era uma florzinha de cheiro fechei-me em casa a sete chaves. Imperdoável!

O tempo foi passando e hoje sou um homem renascido. Tenho a  barba rija e já nada me mete medo. Na próxima quarta-feira até me pode aparecer um rinoceronte pela frente que eu avançarei com firmeza em direção ao Hard Club! Está na hora de emendar o meu colossal  falhanço de 2021. Vamos ao que interessa…

O estilo dos suecos  Soen  é marcado por uma abordagem melódica e atmosférica,  polvilhada  aqui e ali  por elementos do metal progressivo, rock e metal alternativo.

Arranjos complexos, riffs  poderosos  e letras introspetivas demonstram-nos que estamos perante uma banda de outra galáxia. 

Para encerrar em grande a minha temporada de concertos,  nada como mergulhar de corpo e alma  no universo reflexivo dos gigantes SOEN!!!!

É SEMPRE CARNAVAL E NINGUÉM LEVA A MAL?

As nossas folias, palhaçadas e desvios já vêm de outros Carnavais.  O próximo  excerto de uma publicação do longínquo ano de 2014  confirma  isso mesmo.

O autor finaliza a sua intervenção com um emocionante  pedido de ajuda  à comunidade internacional. No fundo, o Carnaval é quando um homem quiser!

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“ Vou acabar esta dissertação em inglês para  ajudar o país a entrar finalmente nos eixos.  Como tirei o curso  em dois dias,  através do  programa “Novas Oportunidades” desse enorme governante  JOSÉ SÓCRATES, é possível que a mensagem apresente algumas anomalias.

IMPORTANT MÉSSAJE (Mensagem Importante)

Dear europian frendes, plize come iere tu elpe us! We donte nou áu tu govern áuore  káuntry.

We are áluaize afundaiting in de chite! Portugal is small  bate  we áve alóte ove polichians ande frendes  mamaiting  in de tits of de káu! Áuore tribunals  are abarrotaiting uide dize fakin bandits! 

Fuck all this assholes!”

PLIZE… ELPE!!!!”

Sebastian (2014)   Quem são os Culpados?

http://panicosuorlagrimas.blogspot.com/2014/12/2014-balanco-final-politicos.html

 

TOP 10 - THE BEST COVERS OF ALL TIMES


O prometido é devido.

 Após um exaustivo trabalho de pesquisa, a segunda edição das melhores versões/covers de todos os tempos  está pronta a servir.

Já agora, muito obrigado pelas mensagens  em relação à primeira parte desta listagem. Confesso que a maioria do pessoal  ficou desiludido. Eu conheço o perfil dos meus seguidores e admito que esta abordagem terá ficado aquém das expectativas.

 A verdade é que eu avisei que se tratava de uma edição mais ligeira que se enquadrava na época natalícia que estávamos a viver.

Ninguém consegue agradar a gregos e a troianos! Espero que agora  fique tudo mais equilibrado.

Para além da inflação e das acrobacias dos nossos governantes, este é um tema que desperta acalorados debates nos nossos canais televisivos. A CMTV está sempre a emitir “ALERTAS CM” sobre os escandalosos “covers” que se vão fazendo.

Não é fácil  aceitar uma espécie de cópia de algo que já foi inventado.

Os puritanos ficam furiosos, mas podem relaxar com Xanax, Valium ou, em casos extremos…  marijuana!

Eu gosto de brincar às escondidas. Visões diferentes sobre  grandes clássicos Pop/Rock.

Quem não gostar, pode sempre… mudar de canal!

Continuem a clicar forte e feio naquelas fantochadas publicitárias.

 Os tremoços da primeira edição já chegaram… agora quero caracóis à algarvia!

Tenho a certeza que mais tarde ou mais cedo chegarei aos astronómicos 100 gramas de camarão!

Força!

1 – THE OFFSPRING – GONE AWAY (COVER BY FIVE FINGER DEATH PUNCH)

2 – SIMON & GARFUNKEL – THE SOUND OF SILENCE (COVER BY DISTURBED)

3- PINK FLOYD – WISH YOU WERE HERE (COVER BY AVENGED SEVENFOLD)

4 – THE CRANBERRIES – ZOMBIE (COVER BY BAD WOLVES)


5 – AEROSMITH – DREAM ON (COVER BY DIO & MALMSTEEN)

6 - R.E.M. – LOSING MY RELIGION (COVER BY LACUNA COIL)


7 - SIA – UNSTOPPABLE (COVER BY RED)


8 - QUEEN – WHO WANTS TO LIVE FOREVER (COVER BY AFTER FOREVER)


9 -ADELE – Set Fire to the Rain ( COVER BYE THE POODLES)

10 - THE SISTERS OF MERCY – MORE (COVER BY SHAMAN)



TOP 10 - VERSÕES/COVERS - SOFT EDITION

Quem acompanha este esquisito blogue já  sabe que não pode contar com mundos e fundos.

Não há um rumo certo e tudo é feito em cima do joelho consoante as flutuações mentais do seu autor.

No final de cada ano o pessoal habituou-se ao formidável top dos temas que mais estimularam os meus exigentes tímpanos. Este ano elevei a fasquia e vou debruçar-me sobre as chamadas “Cross Genre Covers”.

Decidi apresentar as minhas melhores versões/covers de temas famosos  que foram  submetidos a um “Lifting” tão radical  que mudaram completamente a sua  identidade, mantendo sempre a sua essência. Lá está, parece que não faz grande sentido a ideia que acabei de transmitir. 

Nada a fazer, não consigo evitar esta maldita tendência para dar tiros nos pés!

Atenção, como estamos numa época de amor e harmonia,  esta primeira parte foi dedicada a versões mais soft/acústicas, a segunda parte desta aventura  será ligeiramente mais movimentada. Talvez mais  em sintonia com a minha... praia! 

Por agora, desfrutem destes 10 exemplares e façam o favor de clicar freneticamente nos anúncios.

O retorno financeiro dará sempre para dois pires de tremoços e algumas minis. Nada mau!

BOAS FESTAS!!!! 

1- RADIOHEAD – CREEP (cover by CAITLIN KOCH)

2- PRINCE/SINÉAD O’CONNOR – NOTHING COMPARES TO YOU (cover by CHRIS CORNELL)


3 - RIHANNA – STAY (cover by  - THIRTY SECONDS TO MARS) 

4  – PHIL COLLINS – IN THE AIR TONIGHT (cover by DAUGHTRY)

5- ADELE – HELLO (cover by TYLER CARTER) 

6 - SNOW PATROL – RUN  (cover by COLD)

7 – PETER GABRIEL – DON´T GIVE UP (cover by Shannon Noll & Natalie Bassingthwaighte)

8- CHRIS ISAAK – WICKED GAME (cover by DAUGHTRY)

9 – ALANNAH MYLES – BLACK VELVET (cover by SERSHEN & ZARITSKAYA)

10 - SEAL – KISS FROM A ROSE ( cover by BOYCE AVENUE)

EM ESCUTA... 2022

 

É verdade, tenho recebido milhares, não sei… talvez  milhões  de mensagens a questionar o porquê da minha ausência em termos de mostrar ao mundo o que me está a entusiasmar em termos musicais no ano da graça de 2022.

Aceito… tudo bem, ando super preguiçoso. Não me tem apetecido aparecer por aqui. Peço especial desculpas às minhas fãs que estão super revoltadas pela minha indiferença às suas insistentes abordagens.  Espero que me desculpem. Por muito fortes que sejamos, o ambiente de grande incerteza em que vivemos, acaba por abalar as nossas  habituais rotinas.

Uma coisa é certa, um artista do meu nível, tem de estar sempre atento!

Este maravilhoso mundo do Rock & Roll  está sempre em grande movimento,  apesar das tragédias que nos têm acompanhado ao longo destes últimos três anos.

Dito isto… bola para a frente!  O ano já vai a meio… teria tanto a dizer! 

Como estou com a garganta irritada, vou optar por falar pouco e ir direto ao assunto!


 Nada a fazer! Já assisti duas vezes ao vivo a estes monstros do metal. Uma vez do Paradise Garage e a outra no Vagos Open Air. Tive o privilégio de falar com o genial Tom Englund que é um sueco de gema.  Claro, desastrado como sou, acabei por dizer que o maior futebolista da suécia… afinal era dinamarquês! Enfim…

 

TOP 2021 - EM ESCUTA: NICUMO- Death, Let Go


 Quem conhece os Sentenced que ponha o dedo no ar. Pois… eu também nunca conheci um tema  dessa banda. O nome não me é estranho e tenho a ideia que andavam pelos  caminhos do  metal gótico. 

Tudo isto  para dizer que os finlandeses  Nicumo são considerados pelos especialistas como os sucessores dessa mítica banda.

 Eu só sei que, quando ouvi este tema, fiquei em estado de  choque… musicalmente falando.

O ambiente é sombrio e enigmático.  Sem dúvida uma das boas descobertas musicais de 2021


TOP 2021 - EM ESCUTA: RAY ALDER


O ditado é muito antigo, “Quem aparece, nunca esquece”. Tudo bem, parece que subverti um bocadinho a coisa, mas os meus queridos leitores e insaciáveis  leitoras, já sabem o que a casa gasta. Vocês conseguem ler os meus pensamentos.

 Eu nunca esqueci  aquela fabulosa voz dos Fates Warning e principalmente  aquele emocionante tema Blind My Eyes  dos Redemption.

Afinal, o genial Ray Alder ainda mexe e…  remexe!!! Ui… isto está lindo!   Igualzinho ao Santana Lopes:  sempre andou por aí! Eu é que andava  com os ouvidos fechados e a boca aberta.  Enfim, mais um deslize monumental. 

Talvez seja melhor sair de fininho e deixar-vos com esta mítica voz do metal progressivo. 

TOP 2021 - EM ESCUTA: ARCHITECTS - ANIMALS

Admito que os ingleses  Architects só entraram no meu requintado  cardápio no momento em que o tema Animals  me apareceu em cima da mesa. Não  estava a contar com semelhante impacto.

 Os rótulos e estilos estão cada vez mais difíceis de definir. Na minha modesta opinião, isto começa pelo  Metal tradicional, passa pelo Metalcore e acaba com um cheirinho de Post-Hardcore. Mas o  que realmente chama a atenção é a mensagem alarmante sobre o futuro do nosso planeta.

 Perante a tragédia, esta banda nunca desistiu e  demonstrou uma força fenomenal. Conseguiu sobreviver à morte prematura do seu mentor Tom Searle,  e continuou, pé ante pé, a trilhar o seu caminho até atingir o lugar que merece no firmamento do rock internacional. A batida é alucinante e as palavras são poderosas. A verdade está mesmo  à frente dos nossos olhos. O mundo está neste triste estado porque:  We are a bunch of fucking  animals!!!!

TOP 2021 - EM ESCUTA: INGLORIOUS - MESSIAH

Os Inglorious têm  aquela faceta  clássica que nos faz lembrar os monstros  Whitesnake,  mas ao mesmo tempo  contemporânea,  na forma  como  introduzem uns pozinhos milagrosos para  combinar, magistralmente,  o passado com o presente.

Não tenhamos qualquer dúvida: esta é uma banda criada à medida  do antigo cantor da prestigiada Trans-Siberian Orchestra.

Nathan James é de tal forma o rei e senhor  deste projeto  que até se deu ao luxo de fazer uma espécie de limpeza de balneário  para catapultar os Inglorious  para  voos estratosféricos.  Os  três novos membros corresponderam à chamada e o último álbum  We Will Ride está aí para o comprovar.