Parece que já passaram séculos
desde o Vagos Open Air 2013 . A verdade é que o verão esfumou-se e só
nos resta colocar as gabardines e os
cachecóis a postos para enfrentar os longos e cinzentos meses que se aproximam.
Mas,
como gosto de cumprir as minhas promessas , aqui
estou eu a prosseguir com o rescaldo da 1ª. noite do Festival Maldito.
Além dos Evergrey, os Lacuna Coil foram outra das razões que me
levaram a meter os pés a caminho até Vagos.
Vamos lá tentar traçar o
perfil desta gente . Não há dúvidas que a imagem é gótica mas o subestilo musical é difícil de etiquetar. E não é preciso , porque nós queremos é boa
música independentemente do “ compartimento” em que esteja inserida. Não precisamos de rótulos. No limite, os álbuns
dos Lacuna Coil poderiam levar um carimbo a dizer “ Timeless and Honest Metal “
A grande verdade é que , no dinâmico universo
das Female Fronted Bands , os Lacuna Coil garantiram já o seu mais que merecido
lugar na história.
Quanto ao concerto de Vagos , em primeiro lugar, devo realçar que foi uma honra estar na sessão
de autógrafos e trocar algumas “bocas” com estes deuses do metal. Irreverentes , simpáticos e explosivos, estes “milaneses de gema” voltaram a Portugal,
10 anos depois, para mostrar serviço, incendiando o palco a plateia e os arredores. Não existiram pontos mortos. Foi chegar, ver e vencer !
Só fiquei
com uma pequena espinha encravada na garganta. A
versão, Enjoy The Silence, dos
míticos Depeche Mode, foi, obviamente,
um dos pontos altos da noite, mas,
imagino a loucura que seria se tivessem acrescentado à festa aquele que eu
considero um dos melhores covers alguma vez realizados. É evidente que estou a
falar do hino pop-rock dos anos 90, Losing
My Religion, dos célebres R.E.M.
Mas aquele
apoteótico final com Spellbound fez-me esquecer esse minúsculo contratempo e voltei
para casa com um enorme sorriso nos lábios e com uma vontade doentia de prolongar
o verão, no mínimo, até … dezembro !