Cá estou eu para a última etapa da minha banda sonora deste tenebroso ano de 2020.
Nunca é demais lembrar que os temas apresentados até podem ser do século passado. Apenas estão aqui, porque ao longo destes meses foram sendo apanhados pelo meu apurado faro artístico. Loucura!
Eu sei que estou a bater no ceguinho. Trata-se de uma tarefa inglória porque o meu empenho não está a ser devidamente divulgado na alta roda das redes sociais.
A última publicação na versão “Facebookiana” deste blogue apenas teve o alcance de 15 pessoas. Estou a desgastar o meu frágil cérebro para nada. Querem à força toda que peça um empréstimo ao banco para publicitar este genial Blogue/Blog de forma a atingir um maior número de leitores.
Isso é que era bom! Foda-se, nunca me renderei aos poderes do “Grande Capital”.
Farei tudo à minha maneira! Sou forte e adoro os Xutos! Uiiii… piada sofisticada!
Não vou baixar os braços porque acredito neste projeto. Mais tarde ou mais cedo atingirei os holofotes da fama e concretizarei o meu maior sonho: ser entrevistado pela DEUSA… Cristina Ferreira!
Chega de paródia! Agora é mesmo a SÉRIO!
- COLD - QUIET NOW
Quando se fala em Post-Grunge surgem de imediato nas nossas cabeças uma enxurrada de ideias: Creed, Alter Bridge, Shinedown, Breaking Benjamin e por aí fora…
Os Cold, apesar de andarem nesta vida desde os primórdios da humanidade, ficam sempre esquecidos nesta grandiosa listagem. O povo não perdoa: quem não aparece… esquece!
Apareceram! Apesar deste auto-confinamento de 8 anos, o regresso foi… em grande!
Regressei aos
gloriosos tempos do fabuloso álbum, Different Kind of Pain.
Poderia eleger a fabulosa versão, Run, dos Snow Patrol… escolho o emocionante Quiet Now.
SIXX: A.M. - LIFE IS BEAUTIFUL
Nunca fui admirador do estilo
espalhafatoso dos Motley Crue, até porque, nessa altura, andava a brincar aos “Doutores” e passava o
meu tempo a auscultar todas as raparigas das redondezas.
Todos sabemos que naqueles
vertiginosos anos 80 o mundo do chamado Hair Metal andava a mil quilómetros por
hora. Só não valia arrancar olhos!
Nikki Sixx deixou-se levar por todo esse ambiente de
excessos e acabou por mergulhar de cabeça no abismo, ao ponto de ter visitado o
além durante cerca de 2 minutos.
Milagre! Ressuscitou ao terceiro
minuto para nos contar a sua
impressionante história através do livro
The Heroin Diaries e subsequente álbum
The Heroin Diaries Soundtrack.
Este fabuloso álbum de estreia da
superbanda Sixx:A.M. relata-nos, de forma nua e crua, a queda e redenção de uma super estrela do
Rock. Nesta altura, apetece-me dar uma especial atenção a esta versão revigorada do eterno... LIFE IS BEAUTIFUL.
DRACONIAN - SLEEPWALKERS
Este sombrio ano de 2020
desviou-me para temáticas mais obscuras.
Arrepiei-me forte e feio com o
aterrorizante filme “O Crime do Padre Amaro”.
Fiquei com pele de galinha
quando li o assustador livro , “A Confiança no Mundo” desse génio da
literatura, de seu nome… José Sócrates.
Como se tudo isto não bastasse, comecei a dar mais atenção a algumas vertentes do Metal que sempre abordei de forma
superficial.
Na minha modesta análise, a maioria das bandas dos segmentos
Dark/Doom/Gothic/Black não passam de
cópias umas das outras. Calma... há muita criatividade e inovação.
Os Draconian interligaram
o Doom com o Gótico e criaram um clima envolvente, soturno e, acima de tudo… belo.
A angélica voz de Heike
Langhans contrastando com a “brutalidade”
de Anders Jacobsson são as peças chave que colocam estes suecos
num patamar superior no “Reino” do Doom
Metal mundial.
Depois de tanta conversa…preparem-se
para uma intrigante viagem pelas profundezas
da mente humana.
SOEN - THE WORDS
Acho que não estou a cometer um crime se disser que os Soen conseguem ter o toque progressivo dos Riverside, a melancolia dos Katatonia, o clima catastrófico dos Swallow The Sun e a excelência dos Pink Floyd. Tudo isto? É mesmo muita coisa! Cheguei à conclusão que esta gente sabe mesmo os terrenos que está a pisar. Podem não acreditar mas estou com o calçado cheio de lama porque ando precisamente a percorrer esses caminhos.
No ano passado fiquei estarrecido com o glorioso tema Lotus. Este ano estou na dúvida entre River e The Words. Esta é uma daquelas decisões que nos podem deixar marcas para toda a vida.
Vou arriscar...
SHINEDOWN - ATLAS FALLS
Até pode parecer uma fantástica história de ficção científica. Nada disso, apenas uma história do Arco da Velha!
Em 2008, o tema Atlas Falls foi excluído do álbum Amaryllis por não chegar aos calcanhares das restantes faixas. Incrível, ficou a marinar uma imensidão de tempo à espera de melhores dias.
Melhores dias? Estamos em 2020 e nos dias turbulentos que correm, este tema encaixa que nem uma luva. Brent Smith não perdeu mais tempo e tirou esta pérola da gaveta para nos enviar uma mensagem de otimismo e esperança.
Mais? Todos os lucros de Atlas Falls serão enviados para a associação humanitária Direct Relief.
Os cientistas é que sabem… o mundo dá mesmo muitas voltas!
ALTER BRIDGE-CRADLE TO THE GRAVE
Dezembro de 2019… ninguém estava à espera que um maldito vírus viesse dar cabo disto tudo. Nessa época andava super descontraído a percorrer o Bairro Alto, Cais do Sodré, Alfama, Cova da Moura e Bairro da Jamaica a fazer o aquecimento para a fabulosa noite na Altice Arena. Noite inesquecível e difícil de repetir.
Alter Bridge!!!!
KAMELOT -SACRIMONY
Já que estou nesta onda de recordar os meus últimos concertos, não podia deixar de lado uma das minhas bandas de eleição. Após a fuga do Sacerdote Roy Khan, todos pensavam que os Kamelot estavam condenados ao fogo do inferno. O mundo do Metal entrou mesmo em pânico. Será que alguém conseguiria ocupar esse lugar sagrado?
Falo por mim, cheguei a estar internado devido aos suores frios e às cólicas intestinais. Felizmente, no meio do nevoeiro, apareceu-nos o D.Sebastião do Metal.
Tommy Karevik não teve medo de assumir o cargo e transportou os Kamelot para novas e fascinantes aventuras.