Já passaram umas semanitas mas só agora tenho disponibilidade
para trocar algumas impressões sobre o Festival Maldito que
decorreu em Vagos nos dias 8 e 9 de Agosto.
Devo dizer que a 1ª noite do Vagos Open Air foi de
ouvir, desfrutar, vibrar e … chorar por
mais !
O tempo esteve maravilhoso e o ambiente não podia ter
sido mais fantástico !
Em relação à prestação dos mestres, só posso falar das
bandas que me obrigaram a conhecer esta acolhedora cidade de Vagos. Vou começar pelos Evergrey e voltarei mais tarde com os Lacuna Coil.
EVERGREY
Já ando nesta vida desde os primórdios da Humanidade e os
Evergrey permanecem um verdadeiro
mistério para mim. É difícil aceitar este terceiro lugar no ranking do
cartaz da primeira noite do Vagos Open Air. Tudo bem, os
Sonata Arctica são, claramente, uma das referências do power metal
escandinavo a par de nomes como
Stratovarius , Hammerfal e Pagan’s Mind. Mas atenção, os Evergrey deram um gigantesco passo em frente ao
incorporarem elementos do metal progressivo ,
polvilhando ainda alguns pozinhos negros , para criarem um estilo diferente, inovador e, consequentemente … muito à frente. As letras das suas músicas não andam à volta
de batalhas medievais e monstros pré-históricos ou mitológicos. Os temas abordados resultam das experiências vividas pelos seus
membros. E todos nós sabemos que a vida nem sempre é cor de rosa.
Se a tudo isto juntarmos a estrondosa voz de Tom Englund,
que , nas calmas, consegue conjugar o poder dum trovão com o sussurrar dum
pintassilgo, temos uma das melhores
bandas de metal do momento.
Digo eu.
Estava para alterar a “passagem” anterior, mas até me deu vontade de rir aquela
imagem do pintassilgo a … sussurrar! Será que os pintassilgos sussurram ? Foda-se,
não é que eu seja de excessos mas se calhar vou ter de começar a beber água !
Quanto ao concerto só tenho a dizer que … arrasaram !
Excetuando alguns problemas técnicos com o microfone de Tom Englund que não foram
da sua responsabilidade, esta gente de Gotemburgo encheu a Quinta do Ega com toda a
sua energia, alegria e virtuosismo. Nada
a apontar de negativo. Até parece que os temas de abertura , Recreation
Day , e encerramento , The Touch Of Blessing , foram escolhidos a dedo para agradarem
aqui ao mestre Pestilence. Memorável !
J.Pestilence