No próximo fim-de-semana , lá para os lados da Praia da
Vagueira realiza-se um evento que , apesar da indiferença mediática , começa a
tornar-se um caso sério no panorama festivaleiro nacional. O Vagos
Open Air ( V.O.A.) poderá ser considerado , com orgulho , a “ Ovelha Negra “dos festivais de verão
. Porquê ? Precisamente por apresentar
bandas que se inserem num estilo musical praticamente banido dos meios de
comunicação social mas que mantém toda a
sua força à custa dos seus virtuosos executantes e fiéis seguidores. Aqui não há vozes falsificadas, acordes de guitarra simplórios e histórias da carochinha
. Aqui há competência e profissionalismo
sempre acompanhados por alguma dose de
adrenalina e loucura .
O cartaz deste ano apresenta um leque variado de bandas
que vai desde os dinossauros Saxon até
aos principiantes Secret Lie.
Puxando a brasa à minha sardinha não resisto a destacar
duas bandas que estão no meu
restrito e exigente “ Passeio da Fama”
: EVERGREY e LACUNA COIL
EVERGREY
Esta é uma daquelas bandas que nunca poderia passar
despercebida no complexo mundo do metal. Essencialmente , porque deu um salto em frente ao criar um estilo
muito próprio , combinando, na perfeição,
o
metal progressivo com o power metal , acrescentando, ainda, uma certa atmosfera “dark” e melancólica. A poderosa e melodiosa voz de Tom Englund fez o resto.
LACUNA COIL
Esta fabulosa banda só podia vir de Itália. O berço da arte e da inovação. É isso mesmo, a música dos Lacuna Coil
é inovadora e misteriosa , porque
, por muitas voltas que se dê , não há
forma de a catalogar. Poderosa mas ao mesmo tempo suave e
demasiado musculada para entrar no
espírito gótico. A cristalina e segura voz de
Cristina Scabbia contrastando com o
tom mais “metal” de Andrea Ferro
completam o ramalhete.
J.Pestilence