A minha vida parece um comboio de emoções pronto a descarrilar a qualquer momento. Como sabem, além de analista musical, acumulo uma imensidão de outras tarefas com enorme relevância para o bem-estar da humanidade. Por exemplo, na qualidade de ativista ambiental, tenho andado por esse mundo fora a esvaziar latas de tinta nas fuças dos negacionistas das alterações climáticas. Por esse motivo, interrompi a honrosa missão de revelar aos meus seguidores as bandas que me têm acompanhado nos últimos tempos. Com alguns meses de atraso, vou aproveitar este momento de alguma calmaria para dedicar umas palavrinhas à passagem dos geniais Katatonia pelo festival Laurus Nobilis. Infelizmente, talvez devido à dimensão atarracada do recinto, fiquei com a sensação de que Jonas Renkse & companhia não deram o máximo. Limitaram-se a despejar, sem grande chama, os seus temas mais conhecidos. Aquele precipitado final, mostrou que os Katatonia estavam a sofrer uma crise aguda de ansiedade. Queriam abalar rapidamente para palcos mais condizentes com o seu estatuto no reino do Doom Metal mundial. Nada a fazer, o público até pode ter entrado na dança, mas eu regressei a casa com um sabor amargo na boca.
Acerca de mim
- Sebastian
- CORTEGAÇA , OVAR, Portugal
- Canal YouTube : @amandiojnr AMÂNDIO JNR
PAIN OF SALVATION - SISTERS
Admito que sempre
tive uma relação de amor/ódio com os Pain Of Salvation.
A mente fervilhante/excêntrica do genial Daniel Gildenlow
produz temas de tal forma intrincados que desafiam a própria inteligência
humana. Confesso que não consigo encaixar grande parte da obra destes pesos
pesados do Metal Progressivo. Atenção, até posso ficar com o cérebro em
frangalhos, mas quando encaixo… encaixo a sério! Vou só mencionar o tema Iter Impius que estará para
sempre guardado na minha sagrada galeria
musical.
Por incrível que pareça, com 4015 dias de atraso, este
ano cruzei-me com mais uma preciosidade. Para um especialista da minha
craveira, isto é um deslize imperdoável!
Em Sisters, a sublime voz de Daniel
Gildenlow leva-nos a abandonar o mundo terreno para entrarmos numa espécie de dimensão extra-sensorial.
Tudo bem, se calhar não chega a tanto… mas anda lá muito perto!
SOEN – VIOLENCE
Podia estar aqui o dia todo a falar sobre os Soen, mas
tenho uma consulta inadiável no otorrinolaringologista.
Pensando melhor, acho que até já falei demais sobre esta
banda neste grandioso Blog/Blogue.
Perfeitamente normal, já que se trata de uma banda que
está no meu Top 10 de todos os tempos.
Poderei apenas salientar que aquela noite no Hard Club
foi emocionante.
Dizem que um homem nunca chora, mas tenho de confessar que a dada altura senti um arrepio na espinha e uma lágrima no canto do olho.
Tudo isto porque assistiu-se a uma celebração mística, que se manifestou por uma espécie de hipnose coletiva.
Não tenho mais
palavras para descrever este sublime fenómeno.