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TOP 10 : EVERGREY - The Inner Circle

Lamento ter deixado o pessoal pendurado a meio da 4ª.posição do meu grandioso Top 10. De qualquer forma, devo confessar que naquela tempestuosa noite a electricidade foi abaixo e eu, para recuperar a imagem junto do exigente Sebastian , com enorme esforço, mesmo à luz da vela e mal conseguindo vêr o teclado do meu computador, ainda tive discernimento suficiente para deixar a coisa a meio. Penso que depois desta prova de grande amor à causa, o Sebastian não terá mais razões para me repreender em público. Agora que estou devidamente iluminado e com os pés bem quentinhos, vou avançar sem mais demoras e sem mais “ tangas “ para a outra obra-prima dos Evergrey : “ The Inner Circle “.
Trata-se de um álbum conceptual que tem como pano de fundo o fanatismo nas diversas religiões. Segundo as palavras dos próprios : “ este trabalho demonstra-nos até que ponto as pessoas se deixam influenciar, perdendo o controlo dos seus actos , entregando-se de corpo e alma aos cultos religiosos “.
Com Tom Englund a comandar as operações, umas vezes de forma emotiva e suave, outras de forma explosiva , os Evergrey apresentam-nos um trabalho intenso, carregado de emoção e raiva. Para reforçar toda a carga dramática contaram com as ajudas preciosas de Carina Englund e do trio Odemira … estou a brincar… do quarteto de cordas da orquestra sinfónica de Gotemburgo.
Por falar em Trio Odemira, o que será feito desta gente ? Logo que acabar este texto vou p’ra net investigar sobre o paradeiro da banda preferida do meu velhote .
Voltando ao que me trouxe aqui, vou de seguida enunciar com pompa e circunstância os destaques deste álbum :
A Touch of Blessing : se em certos momentos a voz de Englund e a guitarra de Danhage nos entram pelos ouvidos dentro como metralhadoras mortíferas , no segundo seguinte, fazem-nos lembrar um passarinho a chilrear na nossa janela. Não é p’ra me gabar mas penso que a imagem que acabei transmitir retrata na perfeição toda a ambiência deste tema
When the Walls Go Down : neste empolgante instrumental , enquanto nos deliciamos com as mirabolantes acrobacias técnicas dos mestres, Hakansson ( baixo ), Zander (teclas), Jonas Ekdahl (bateria) e Henrik Danhage (guitarra) podemos assistir, em segundo plano, a uma espécie de cerimónia religiosa onde um alucinado sacerdote vomita todos os seus recursos linguísticos numa tentativa desesperada para convencer os descrentes. Esta é a minha interpretação do tema, como é óbvio, poderão existir outras. Simplesmente genial !
Para finalizar em grande estilo , nada melhor do que versões acústicas de três faixas do álbum anterior, gravadas ao vivo em França : I’m Sorry, Recreation Day e Madness Caught Another Victim. Os franciús não mereciam tanto !
Depois do palavreado todo sobre estes 2 álbuns deixo-vos com o emocionante dueto Carina / Tom : “ For Every Tear That Falls “ gravado ao vivo em Gotemburgo e incluído no álbum “ The Dark Discovery “. Enjoy !

J.Pestilence