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PARE E ESCUTE : LACEY MOSLEY - FLYLEAF

Numa bela tarde de Domingo, andava eu a deambular pelos trilhos tortuosos da net quando dei de caras com o excelente tema “Broken Pieces “ dos Apocalyptica.
Como é do conhecimento geral, estes magos das cordas, dedicam-se de corpo e alma aos seus violoncelos para fabricarem verdadeiros hinos em que o metal sinfónico se mistura, de forma sublime, com a música clássica.
A maioria dos temas são instrumentais mas , de vez em quando, surge um convidado especial para dar voz às revolucionárias criações destes geniais finlandeses.
Os Apocalyptica já eram velhos conhecidos mas a excêntrica “Guest Star “ deste tema deixou-me completamente estarrecido. De onde surgiu esta força da natureza ? Depois de várias noites mal dormidas a tentar desvendar o mistério, fui acometido por um súbito ataque de discernimento : Lacey Mosley, líder dos norte-americanos Flyleaf.
 Sendo eu um admirador das chamadas “ Female Fronted Bands “ como posso ter deixado passar em claro esta banda que apregoa aos sete ventos as virtudes do Cristianismo de forma tão angustiada e agressiva ?


Imperdoável, depois desta revelação, só me resta uma saída : atualizar o meu Top 10-Vozes Femininas !
http://youtu.be/Fap8J2FqYUs


Eu sei o que os leitores mais atentos já devem ter reparado que aqui há marosca ! Efetivamente, este texto é uma cópia descarada da minha anterior dissertação sobre Brent Smith dos Shinedown . Não foi por acaso e não há mal nenhum nisso. Como o meu primeiro contacto com estas duas figuras se deu por intermédio dos Apocalyptica, limitei-me a recorrer ao utilíssimo “ auto-plágio”, ferramenta muito em voga no mundo da escrita atual.
Margarida Rebelo Pinto que o diga !

Venham de lá esses vídeos !










PINTO DA COSTA : BONS VENTOS E BONS CASAMENTOS


 Como a Liga Zon Sagres já teve o seu previsível desfecho, decidi vestir a pele de comentador desportivo para efetuar uma pequena análise sobre os principais fatores que transformaram o F.C.Porto num clube praticamente imbatível a nível nacional.

Sabemos que as palavras são levadas pelo vento, no entanto , diz-se por aí à boca cheia que, no longo reinado de Pinto da Costa, o F.C.Porto utilizou métodos inovadores e arrojados para obter a hegemonia no futebol nacional. Segundo rezam as crónicas, não foi preciso muito: bastou um pouco de fruta da época , viagens para o Brasil e café com leite. Simples e eficaz.

Tal como acontece no mundo dos negócios , a concorrência desleal desvirtua o mercado e provoca o afundamento de todas as empresas que tentam cumprir as regras . No futebol, que é igualmente um negócio de milhões, passa-se exatamente o mesmo . A cadeia de acontecimentos económico-desportivos é fácil de descrever : as vitórias vão-se sucedendo, os lucros vão aumentando, havendo mais dinheiro , compram-se melhores jogadores e, quase sem darmos por isso , temos um plantel equilibrado e sempre pronto a fazer a vida negra aos adversários. Se a tudo isso adicionarmos subtilmente uns pózinhos mágicos, passamos a ter uma super equipa, resistente e dominadora. Enquanto isso, a concorrência , como não consegue acompanhar o ritmo , torna-se instável e vai-se afundando em crises sucessivas devido a decisões desesperadas e precipitadas.
Num país decente , tudo isto teria sido facilmente resolvido com a severa punição dos  “ fruticultores “. Num país decente, o F.C.Porto teria descido de divisão e a história seria completamente diferente. Mas nós sabemos o que passa em Portugal. Este é o país dos Dias Loureiros , Varas, Isaltinos , Pintos e tantos outros. Por incrível que pareça , estes aventureiros, como se sentem como peixes na água, ainda se dão ao luxo de gozar com a situação.

Mais grave do que tudo isso : ficamos com a triste sensação de que neste condenado país , só os “ chicos-espertos” conseguem triunfar.

Apesar de tudo isto ter passado tranquilamente despercebido nos tribunais , pensava-se que as coisas mudassem de rumo devido à enorme ventania que o “ Apito Dourado “ provocou no mundo futebolístico nacional.

Puro engano. Desgraçadamente , o nosso campeonato não se consegue livrar dessa espessa nebulosidade.

Acredito que, atualmente, as coisas não sejam feitas tão à descarada, mas, a grande verdade é que tudo isto cheira a falso. Fica sempre a sensação de que só uma super equipa, perfeita e sem falhas, consegue bater um F.C.Porto mesmo a jogar aos tropeções .

Veja-se o que aconteceu nesta temporada. Até os próprios adeptos do FCP estão espantados como foram novamente campeões. Mais : o treinador Vítor Pereira andou à chuva, molhou-se , e só não foi linchado na Avenida dos Aliados pelos próprios aficionados porque o clima desanuviou milagrosamente . Mais insólito ainda : foram campeões e, mesmo assim, querem despachar o homem. Estranho. Afinal, estamos a falar do treinador que levou o F.C.Porto ao título. Será que até os próprios adeptos reconhecem que Vítor Pereira beneficiou de excelentes condições atmosféricas ?


Sejamos honestos , se este campeonato tivesse seguido o rumo normal do valor e exibições das equipas , o FCP teria descolado ainda na primeira volta. Mesmo com o clima a ajudar , foi-se abaixo e atrasou-se , mas , ventos muito favoráveis de última hora , colocaram novamente a equipa no rumo certo.


Estranho. Será a famosa capela do “ Senhor da Pedra “ em Miramar ? Será que os santos da casa fazem milagres ?

Nada disso. Deixemos as bruxas e os santos para os espanhóis. Não há nada de sobrenatural em tudo isto.

Trata-se apenas de uma questão meteorológica.

Sabe-se que em alta competição o fator mental é de fundamental importância. Uma equipa , por muita qualidade que tenha, passa sempre por momentos críticos durante a temporada . No entanto, se nestes momentos de menor fulgor, existir algo que a ampare, a confiança nunca esmorece e, mais tarde ou mais cedo, a coisa engrena novamente. Multiplicando estes “ amparanços “ por muitas épocas, obtém-se uma equipa super moralizada e confiante, porque tem consciência de que existirá sempre um acolhedor abrigo nos momentos de maior temporal.

Os outros, coitadinhos, como sabem que o sol quando nasce não é para todos , andam sempre aflitos e com a cueca na mão . Eles têm a perfeita noção de que, ao menor deslize, serão levados na enxurrada.

É evidente que também há bons ventos para estes infelizes. A grande diferença está no chamado “ Timing Atmosférico “. De que serve aliviar o clima para uma equipa que já está gripada ? Serve apenas o propósito de, no final das temporadas , termos o caminho aberto para a desgastada frase : “ No deve e haver, as contas ficaram saldadas” . Simples e eficaz !

Podemos tirar o cavalinho da chuva : enquanto o Desporto -Rei estiver tão dependente dos erros e fraquezas dos “ Senhores do Apito”, haverá sempre uma nuvem negra a manchar as vitórias dos campeões.

Atchim !

Segue-se uma pequena  homenagem à personalidade que mudou para sempre a história do futebol português.