Nem dá para imaginar a alegria que nos vai na alma. É com
a sensação do dever cumprido que chegamos
ao fim deste grandioso projeto. Nada foi deixado ao acaso e nada ficou por
dizer.
É perfeitamente normal que os leitores deste conceituado blogue coloquem as mãos na cabeça em sinal de
incredulidade: como foi possível levar a cabo um empreendimento desta
envergadura?
Nas próximas
linhas, vamos tentar reconstruír esta magnífica trajetória
que nos levou até ao melhor que o Metal nos pode oferecer.
Foi um trabalho monumental, levado a cabo por três figuras proeminentes deste incrível mundo do Heavy Metal : Pestilence, Skulder e
Sebastian. Estamos a falar de uma Altíssima
Trindade que, devido ao grande
jogo de equipa, acabam por ser todos uma mesma pessoa. Eu sei que isto é um
bocadinho difícil de entender para os mais descrentes, mas podem acreditar que é a mais
pura das verdades.
Este magnífico trio foi à luta, visitou montes de bibliotecas, emborcou toneladas de cerveja e entrevistou dezenas de especialistas das
mais diversas áreas do conhecimento. É evidente que, para atenuar
todo este desgaste físico e mental, foi necessário recorrer ao carinho das nossas admiradoras, que fizeram
tudo, mas mesmo tudo, para nos elevar a moral.
Apesar da nossa alegria, o resultado final nunca poderá
ser consensual. Não só pelas Princesas escolhidas como pela
ordem em que aparecem nesta lista.
Para encerrarmos com chave de ouro esta fascinante
aventura pelos caminhos perfumados do Heavy Metal Feminino, nada como assistir ao
resumo videográfico da classificação final deste : TOP 10 – VOCALISTAS FEMININAS – METAL – 2ª.
Edição
Obrigado pelos aplausos!
Pronto, já chega… também não é preciso tanta euforia .
A caminhada foi longa e atribulada, mas valeu a pena.
Chegamos, finalmente, ao topo do… Olimpo das Deusas! Que mais
posso dizer mais sobre Maria Brink?
Não vou desgastar mais os meus fatigados neurónios . Está tudo dito!
Para quem não anda
por estes lados, basta clicar em , IN THIS MOMENT para ficar
ao corrente da impressionante história
desta Beleza Assassina do Heavy Metal.
Fiquemos apenas com uma pequena demonstração das enormes capacidades desta verdadeira tempestade,
que varreu por
completo a história do Metal, na
versão feminina.
Comecei a frequentar este alucinante mundo do Sex, Drugs & Metal desde que me nasceram os dentinhos de leite. Mentira: as duas primeiras etapas surgiram mais tarde, na altura dos dentes do
siso. Verdade!
Devo alertar a
população para o seguinte facto: no meu delirante universo metaleiro, nunca
fui muito à bola com a ideia de meter as
mulheres ao barulho. Literal e
metaforicamente falando. Tudo bem, elas
até podiam andar por ali nos vídeos a decorar a paisagem.
Lembram-se do célebre vídeoclipe do tema, Here I Go Again, dos imortais
Whitesnake?
Claro que não! Eu
também só tenho uma vaga ideia, porque
nessa altura os meus interesses andavam
mais à volta das papinhas Cerelac e do
Avô Cantigas. Confesso que, uma vez por outra, dava uma espreitadela à revista Gina, mas aquilo era areia demais para a minha camioneta.
Voltando ao assunto, nessa época pré-histórica , a estrondosa Tawny
Kitaen eclipsou por completo a poderosa
voz do seu mais que tudo, David Coverdale.
Acho que deu para entender a ideia: é sempre estimulante ter alguém por perto com argumentos e atributos para alegrar o ambiente.
Quanto ao resto, aqui só havia espaço para vozes poderosas, que conseguissem acompanhar as fulminantes batidas da bateria e os
letais riffs das guitarras.
Tão enganadinho que eu andava.
Numa soalheira tarde primaveril, fui surpreendido pelo
tema Memories
e lá se foram as minhas românticas fantasias
musicais pela janela fora. Não
sei se foi num dia 13, mas aquela súbita aparição da deusa
Sharon den Adel mudou a minha vida por completo. Hoje sou um
homem completamente diferente. Além de ter rapado o bigode, já consigo assistir a um jogo do Benfica do princípio até ao fim. Peço desculpa, é sempre a mesma coisa … acabei por blasfemar num assunto tão delicado.
Agora a sério: foi nesse abençoado momento que se deu a minha conversão ao admirável
mundo novo das… Female
Fronted Bands!
O pessoal não tem a mínima ideia do que se passa por
estes lados. Este projeto tem sido uma
luta desgastante em busca da verdade, no que ao universo do Metal Feminino diz respeito. Mas está tudo bem encaminhado para que, finalmente, o
mundo descubra quais são as 10 felizardas, que irão passear o seu talento pela nossa deslumbrante passadeira vermelha.
Temos sido pressionados para acelerar o processo, mas este
é um assunto demasiado delicado para ser tratado de forma leviana. Estamos a
falar de um blogue rigoroso, que cumpre religiosamente todas as diretivas
comunitárias. Aqui não existem défices, pontas soltas ou equívocos.
Avancemos
com firmeza para a próxima, Estrela
da Companhia.
Tarja Turunen saiu dos bosques sombrios da Carélia do Norte para iluminar os nossos
dias.
Podemos correr e
saltar que não encontramos uma
voz tão poderosa como esta. Poderosa no sentido lírico do termo. Esta fantástica mezzo soprano é considerada um dos grandes símbolos da
Finlândia e, para bem dos nossos pecados, enveredou pelos caminhos esplendorosos do Heavy Metal.
De contrário, hoje em dia poderia muito bem estar a maravilhar o Scalla
de Milão, a Ópera de Viena ou até mesmo
o Teatro Nacional de São Carlos. Cruzes, canhoto!
Sobreviveu à saída tempestuosa dos Nightwish e prosseguiu
serenamente com a sua vidinha .
Participou em vários projetos dos quais posso destacar a
sua reunião com Sharon Den Adel, outra
celebridade com lugar cativo no passeio da fama do hiperativo , Female Fronted Metal.
Oops… lá se foi o suspense. Agora descaí-me e acabei por revelar a
próxima protagonista desta longa-metragem. Paciência, agora é tarde para emendar o erro.
Com os pés bem assentes no chão e a voz a viajar por sonoridades diferentes, Tarja Turunem continua
a deslumbrar e mantém intacto o mítico rótulo de Diva do Metal.
Atenção, há aqui
um pequeno pormenor a ter em conta: após a separação, os Nightwish nunca mais foram os mesmos e
Tarja Turunen perdeu um pouco daquele seu lado mais selvagem.
No fundo, ficamos todos a perder e não me
espantaria se, um dia destes, as duas partes se sentassem confortavelmente a
fumar o cachimbo da paz.
Em bom finlandês , despeço-me com amizade : Kiitos huomiota!
Ao contrário do que acontece no universo
masculino, todos sabemos que para uma mulher conseguir um lugar de destaque na indústria musical, não basta ter talento. É preciso muito mais. Não adianta estarmos com meias palavras : umas belas curvas sempre deram um jeitaço enorme!
Amanda Somerville, que nem sequer é mal parecida, sempre foi conhecida pelas suas gordurinhas localizadas. Mas não
foi por isso que ficou pelo caminho. Conseguiu seguir em frente, porque vive
intensamente a música e sempre tirou de
letra todos os desafios que lhe foram
colocados pela frente.
E que desafios! Versátil como todos os
grandes artistas, podemos dizer que esta loira do Michigan é quase como o
eletrão da Física Quântica: ninguém sabe onde ela anda, mas depois acabamos por descobrir que está em
tudo quanto é sítio!
Estamos, portanto,
a falar da… Princesa dos Mil Ofícios!
Apesar de Amanda Somerville já ter contracenado
com os maiores nomes do Metal, a dada altura fiquei de cara à banda com o aparecimento
de Michael Kiske na jogada.
Foi mesmo uma
jogada de mestre, porque aquela
fusão funciona às mil maravilhas.
Como seria de esperar, estas duas almas gémeas
vocais deram um novo fôlego às
suas carreiras, já de si
repletas de momentos de grande
intensidade criativa.
Devo acrescentar que esta joint venture acaba por ser um verdadeiro festim aqui para o rapaz, porque
desde os gloriosos tempos dos
Helloween que considero Michael Kiske uma das maiores vozes masculinas do Metal .
Inspirados pelo imaginário Gótico , os italianos Lacuna
Coil deram-se a conhecer ao mundo através de uma atmosfera Doom, centrada essencialmente nas
temáticas melancólicas e obscuras, quase
retiradas a papel químico de bandas como Paradise Lost ou The
Gathering.
Ao longo do tempo, as coisas foram-se alterando para um
estilo mais friendly e logo surgiram
os profetas da desgraça, com as habituais teorias da venda da alma ao diabo .
Se eu tivesse uma banda deste calibre, de certeza que iria mandar toda esta gente
para os... quintos dos infernos!
Os jornalistas
e/ou críticos musicais são uns verdadeiros predadores : primeiro glorificam,
depois… enterram! Andam sempre a inventar teorias maquiavélicas para manter a chama e, acima de tudo… os empregos.
Eu, como especialista conceituado e super
competente, posso desde já sossegar
os mais fracos de espírito. Os Lacuna Coil apenas passaram por um normal
processo de evolução e experimentação. Nunca subjugaram a sua arte aos temidos vampiros do grande capital discográfico.
Foda-se, agora até parecia um comuna a mandar cá para
fora a desgastada cassete do Grande Capital!
Prosseguindo com o meu raciocínio… a resposta a todas estas blasfémias, surge no
tema, Nothing Stands In Our Way, que será apresentado, com pompa e
circunstância, no final deste formidável
texto. Estejam atentos!
Este título diz
tudo. Por favor… para bom português, meia palavra basta!
Agora surge uma importantíssima questão: onde
fica Cristina Scabbia no meio deste paleio todo? Simples, basta estarmos atentos à foto apresentada no início desta palestra e às suas palavras
no final desse mesmo vídeo .
Portanto, Eyes
and hears wide open, para a
mensagem que os Lacuna Coil quiseram transmitir
aos seus detratores.
No Vagos OpenAir, a grande superestrela do Metal dedicou algum do seu precioso tempo
(2 segundos ) para falar com este génio da crítica musical.
Após essa longa conversa, apenas confirmei o que eu já
sabia : INTOCÁVEL!
A Holanda sempre
fez parte do meu Master Plan. Traduzindo por miúdos: desde muito cedo, quis
percorrer a Europa para tentar descobrir o que nos faltava. Aparentemente, três dias em Amesterdão não dá para tirar grandes conclusões. Para mim, foi o
suficiente para radiografar toda aquela gente. Estamos a falar de um país que parece viver
numa efervescência constante, sempre em
busca de novas sensações, sejam elas de natureza artística, tecnológica, sexual
ou alucinogénia.
Já sei que agora estavam à espera que eu fosse falar da Philips,
da Heineken, do haxixe
, do Red
Light District ou da orelha do Van Gogh. Nada disso: vou apenas destacar
a enorme alteração que se foi registando na descoberta de novos talentos. Afinal… coisa
simples.
Antigamente as atenções estavam todas viradas para o futebol . A famosa escola do Ajax fabricava futebolistas de eleição que espalhavam toda a
sua arte e engenho pelos relvados de todo o mundo.
Repentinamente, deu-se
uma reviravolta assombrosa. Agora a escola é outra e são as Princesas do Metal que irradiam
toda a sua magia pelos grandes palcos mundiais.
Simone Simons é um dos grandes exemplos desta geração de
ouro que colocou a Holanda nas bocas do mundo. Eu sou um sortudo do caraças. Tive a privilégio de assistir à passagem dos
Epica pelo Vagos Open Air e confirmei, In loco, todo o
seu magnetismo e poder vocal .
Concerto memorável!
Se, por acaso, uma desconhecida alguma vez me oferecer flores ou perguntar: “Ouve lá, ó parvalhão, que
cena é essa do Metal Sinfónico?”.
Eu terei a resposta na ponta da língua : “ Isso é… EPICA! “.
Por todas estas razões e mais algumas, Simone Simons é
uma das Princesas que mantém firme a sua presença na segunda edição
deste glorioso Top 10.
P.S.- Salvo alguma distração momentânea, todos os textos
publicados neste blogue são escritos com a
firme convicção de que está tudo dentro da legalidade gramatical. Para reclamações
em termos de vírgulas fora do sítio, erros ortográficos, deslizes linguísticos
ou deficiências conjunturais: skulder4@gmail.com
Quando dava os primeiros passos nestas andanças, o grande feiticeiro Ronnie James Dio foi a sua principal fonte de inspiração. Está
mais que visto: com uma referência deste calibre, esta garota da Pensilvânia só
podia dar gente!
Lzzy Hale já leva
uns bons anitos de carreira no lombo. Aos 13
anos fundou com o irmão os Halestorm e, a partir desse momento, estes viajantes da tempestade,
provocaram tamanha ventania que as portas
foram-se escancarando de par em par rumo ao estrelato. Não sei
se conseguiram identificar na passagem
anterior uma oportuna associação do nome da banda com o tema Riders On The Storm , dos Doors.
Tempestade, portas,
viajantes … hello?
Brilhante… qualquer dia escrevo um livro. Só tenho que aprender a colocar as vírgulas e os pontos de exclamação nos sítios certos.
Onde é que eu ía? Ah… já sei! Hoje em dia o mundo da
música foi tomado de assalto pelos loops, samples, mixes e outras heresias musicais. Não tenho nada contra isso, mas o engraçado disto tudo é que os Halestorm nunca
precisaram de grandes efeitos especiais para atingirem
os seus objetivos. Esta é a magia do
Heavy Metal: podemos ter maquinaria mas também podemos não ter. Tudo é possível,
desde que o resultado final seja
equilibrado e cumpra os requisitos essenciais da sonoridade.
A receita dos Halestorm não podia ser mais simples: Hard n' Heavy
em estado sólido, batida forte e
riffs a rasgar. Tudo isto conjugado com a poderosa e bluesy voz de Lzzy Hale garantiram aos Halestorm, milhões de ábuns vendidos, concertos
esgotados em todo o mundo e um Emmy da melhor Hard Rock/Metal Performance.
Apesar desta longa caminhada de sucesso, Lzzy Hale não esqueceu o
seu mentor e em 2014, na passagem do quinto ano da sua morte, os Halestorm lançaram um cover do mítico tema
Straight
Through The Heart. Homenagem mais que justa!
Resumindo e concluindo: Lzzy Hale
merece ou não esta entrada no top 10?
Esta novidade na minha rigorosa galeria das melhores vozes
femininas enche-me de orgulho. Nada de especial, apenas estou orgulhoso
porque tenho aqui um dedinho que nunca
falha. Eu sabia que, mais tarde ou mais cedo , a Nya Cruz iria dar que falar.
Já aqui falei da surpresa que foi a fabulosa atuação dos Kandia na primeira parte
dos Within Temptation no Coliseu do
Porto em 2011. Na altura , tive a sorte de trocar algumas impressões com a Nya e fiquei
de queixo caído: simpática, humilde e com
uma ambição destemida . Uma verdadeira lutadora lusitana. Voltei a encontrá-la no Vagos Open Air 2014 onde, mais uma vez, demonstrou toda a sua
garra e versatilidade vocal. Não foi por acaso que os Kandia venceram o
prestigiado prémio internacional, Global
Rockstar.
All Is Gone foi muito bom, mas… nós queremos mais! Força, c….-lho! Até os comemos! Peço desculpa… agora estraguei-me todo. É muito entusiasmo! Acho que mereço um certo desconto nesta
minha euforia... caramba, estamos a falar de uma fabulosa banda portuguesa… com certeza!
Taylor Momsen nasceu para ser uma estrela e desde
muito cedo começou a mostrar serviço. Aos dois
anos já entrava em anúncios
publicitários, compôs a sua primeira música aos cinco (dedicada ao seu cão ) e começou
a sua carreira de atriz aos seis .
Nunca embarcou nas carneiradas típicas dos adolescentes.Enquanto os amigos se derretiam com os Backstreet Boys, esta menina ouvia Led
Zeppelin e vestia t-shirts dos
Motorhead. O bichinho já andava ali a espreitar.
Por incrível que pareça, foi uma das três finalistas para
desempenhar o papel de Hannah Montana mas, felizmente, os
ventos sopraram a favor e foi a escanzelada Miley Cyrus a levar a taça. Aleluia!
O primeiro grande salto deu-se no cinema pelas mãos do realizador Gus Van Sant, no
filme Paranoid Park, mas as verdadeiras luzes da ribalta surgiram com a série televisiva Gossip Girl que a transformou numa celebridade
adolescente.
Depois aconteceu algo de sobrenatural que mudou por
completo o rumo dos acontecimentos: White Stripes ao vivo!
Este concerto despertou o tal bichinho que andava ali à
espera da grande oportunidade.
Não tem nada que
saber: mandou tudo pelos ares e formou a banda, The Pretty Reckless . Maldita seja:
ela canta que se farta, ela compõe, ela toca guitarra, ela goza com a
nossa cara e faz corar os bons chefes de família.
F...-se, este animal artístico faz questão de incinerar tudo o que se
atravessa no seu caminho.
Quem diria? Ninguém estava à espera que aquela aparente mosca-morta que um dia quis (?) ser uma estrela da Disney se transformasse numa das novas sensações da vertente feminina
do Heavy Metal.
Dizem que o futuro a deus pertence, mas eu não tenho a
mais pequena dúvida que esta Hot Chick do Heavy Metal, está irremediavelmente condenada ao… fogo do INFERNO!!!!!
Aquela colaboração
com os Kamelot , principalmente no espantoso videoclip do tema Sacrimony , provocou algumas ondas
de choque nos meus desgastados neurónios. Quem seria a personagem ? As
intensas pesquisas levaram-me
direitinho ao encontro de uma
banda fabulosa que inventou uma fórmula
que jamais passaria pela cabeça do génio
Einstein : Metal + POP = LOUCURA !!!!!! Para início de conversa, os
Amaranthe, além de ultrapassarem a velocidade da luz em termos
instrumentais, têm 3 vocalistas : dois homens e uma mulher. Nada habitual, diga-se de passagem, mas esta combinação acaba por ser um verdadeiro ménage
à trois vocal… que até arrepia.
Lembram-se da
minha intervenção sobre Maria Demurtas dos Tristania ? Aqui ninguém “abafa” ninguém . Todos sabem ocupar o seu lugar e todos brilham à grande e à sueca ! A doce e delicada voz de Elize Ryd contrasta de forma magistral com os registos
mais “violentos” dos seus companheiros Henrik Englund e Jake E.
Digamos que os
Amaranthe são uma espécie de : A Bela e os Monstros !
Só tenho pena que
o grande Einstein não esteja cá para assistir a estas novas descobertas científicas…
O pessoal ficou indignado com a ausência desta portentosa
holandesa na primeira edição do famoso , TOP 10-Vozes Femininas-Heavy Metal. Até
eu fiquei agastado. Foi, sem dúvida, um dos nomes mais falados para ingressar
nesta segunda versão.
Confesso que fui
tentado a ceder às pressões e
estive na queima para recrutar a ex-frontwoman dos After Forever. Desgraçadamente, e com muita pena minha, aquele casamento com os
Nightwish resultou num estrondoso fracasso. Digamos que foi a morte da artista !
Resta saber se
foi Floor Jansen que acusou o peso da
responsabilidade, ou se foram os
Nightwish que não souberam
explorar as suas enormes capacidades vocais. Conclusão :
prometeu muito mas, apesar dos
seus 1.84 m de altura, acabamos por ficar com uma… floor(zinha)
de estufa . Azar…
Andava eu aqui às
voltas com a rubrica Senhoras Do Metal e acabei por me distrair à força toda.
Como o tempo passa ! Muita água passou debaixo da ponte
desde o super aplaudido TOP 10-Vozes Femininas-Heavy Metal. A enorme
enxurrada de comentários no canal do Youtube obrigou-me a meter mãos à obra para “fabricar”
uma 2ª. edição desta requintada amostragem feminina.
Todos sabemos que em equipa que ganha não se mexe, no
entanto, como o tempo não perdoa, é
perfeitamente normal que existam alguns
ajustamentos a considerar.
Isto é quase como
no futebol : há sempre entradas, saídas ,
promessas confirmadas e adiadas.
Para quem só agora
entrou em contacto com este fabuloso
blogue e não está a par dos assuntos cruciais aqui abordados, nada como
relembrar a primeira edição.
Cá está ela em todo o seu esplendor :
Não é que eu queira fazer render o peixe mas, por agora, vamos ficar com as saídas porque já estou
aqui a bocejar por todos os lados.
Voltarei mais tarde com as promessas , subidas, descidas e entradas. Parece fácil mas isto dá uma trabalheira dos diabos…
SAÍDAS
Amy Lee (Evanescence)
Uma das mais elogiadas da edição anterior mas ainda
estou para saber o que se passou com
aquela cabeça . A verdade é que a antiga(?) superstar dos Evanescenceresolveu inventar e meteu-se num beco sem
saída.Colocou os Evanescence a marinar,
deu largas à imaginação e… espatifou-se por completo.Por favor, oálbum a solo,Aftermath
, é uma verdadeira aberração da natureza
. Onde é que ela foi desencantar aquilo
? Desilusão total. Anette Olzon (ex-Nightwish)
Teve a difícil tarefa de substituír a deusa Tarja Turunen
nos Nightwish e, verdade seja dita, até
nem se portou muito mal. Quando tudo parecia um mar de rosas, as coisas azedaram a sério e deram para o torto de forma dramática. Após uma escaldante fase de lavagem de roupa suja, Anette acabou por ser demitida da banda.
Esperava-se uma vingança servida a frio, mas o álbum
Shine
deitou por terra todas essas
esperanças.
Liv Kristine (Leaves Eyes)
Eu até gostava daquela voz angélica que parecia um
sussurro para os nossos ouvidinhos. E temos de admitir que Liv Kristine não deixa de ser, igualmente, um regalo para as nossas vistinhas.
Vocês podem não
acreditar, mas aquela vozinha serena acabou por me
cansar. Agora , parece-me sempre mais do
mesmo. Falta ali um pouco de versatilidade.
Charlotte Wessels (Delain)
Apesar das vozes serem completamente distintas este é um
caso muito parecido com o anterior.
Se tiverem um bocadinho de paciência
para me aturar eu vou copiar quase na
íntegra o que já disse em relação a Liv Kristine.
Eu até gostava
daquela voz suave que parecia a Shania
Twain do Metal. E temos de admitir que ,
em termos visuais, a Charlotte faz com
que a Shania pareça uma velhinha
desdentada e carregada de osteoporose.
Vocês poderão não acreditar: não é
que aquela voz acabou por me cansar ? Agora parece-me mesmo a verdadeira Shania
Twain “desdentada” do Country-Pop. Falta ali um pouco de sal e, quiçá, alguma pimenta.
Ailyn (Sirenia)
The Path To Decay foi o tema que me despertou a atenção. Parecia talhada para altos voos mas, não sei
se foi das correntes de ar, aquela voz ficou um tanto ou quanto esganiçada para meu gosto. Para ajudar à
festa, os trabalhos seguintes da banda revelaram alguma estagnação em termos de criatividade e inovação. Temos pena…
Mary Demurtas ( Tristania )
A voz é de categoria e basta ouvirmos o tema Exile para ficarmos extasiados. No
entanto, admito que talvez nem tenha
sido só pelos dotes vocais
que “chamei” esta italiana para ocupar o 10º. lugar da
primeira edição. Se derem uma atenta
vista de olhos à imagem entenderão
facilmente o meu entusiasmo. Acabei por bater contra um poste ! Ocupou o
lugar de Vibeke Stene nos Tristania,
tremeu um pouco , ganhou confiança e, quando se preparava para dar a estocada final,
os seus companheiros resolveram
dar nas vistas. Literalmente,
tiraram-lhe o pio. Com amigos destes…
não há voz que resista. Enfim, no final
das contas, Mary Demurtas não conseguiu
a proeza de juntar o útil ao agradável.
Não sei se me fiz
entender...
O pessoal já entrou em estado de choque a tentar descobrir quem serão
as novas princesas que vieram ocupar estes ilustres lugares . Agora a sério : o país já tem problemas que chegue e
eu não quero provocar tumultos. Aconselho um pouco de calma e paciência.
Aguentem serenamente os cavalos porque eu já sou velhinho e não consigo fazer tudo à primeira.
Há que dar tempo ao tempo, eu posso demorar, mas nunca falho !
É caso para dizer : onde é que eu andava com a cabeça?
Hoje vou dedicar o meu precioso tempo a uma banda que me deu um certo trabalho a… encaixar.
Em tempos passei pelo tema The Promise e deixei a coisa andar. Achei
aquilo um pouco descabido. Uma mulher com vozes guturais ? Não combina. Não fica bem.
Foi preciso uma provocação de um “amigo” do Youtube para me tirar do sério.
Não dei parte de fraco e a minha resposta foi rápida e
certeira : “Maria Brink não passa de uma espécie de fusão algo desajeitada entre Lady Gaga e Marilyn Manson”.
Como podia alguém ter a distinta lata de pôr em causa as geniais
análises deste conceituado crítico
musical ?
Ainda assim, como sou uma jóia de pessoa e num gesto de grande humildade, resolvi ir
atrás do prejuízo em busca de algum pormenor que tivesse escapado ao meu
rigoroso radar artístico.
No final desse processo , cheguei a uma conclusão algo
estrambólica: primeiro foge-se a sete
pés, depois agarra-se com unhas e dentes!
Efetivamente, à primeira vista, tudo parece forjado e sem alma. Tudo parece feito para
provocar e escandalizar de forma a atraír os holofotes. Tal como Lady
Gaga e Marilyn Manson.
Nada disso… Maria
Brink é um ser especial que nasceu para
fazer algo de grandioso e
genuíno… NO MATTER WHAT!
Aos 18 anos, com um filho nos braços, já
trabalhava numa lavandaria para pagar o aluguer do seu apartamento. Insatisfeita com o desenrolar dos
acontecimentos, partiu da sua pequena
cidade de Albany em direção à terra prometida, Los Angeles . Trabalhou em
lojas de roupa , bares e em tudo o que
lhe aparecia pela frente. O objetivo era sobreviver e não perder de vista uma das suas
grandes metas: encontrar alguém que entendesse as suas ambições, o seu
percurso e a sua extraordinária
voz. Quando as coisas estavam feias e prestes a desmoronar foi tatuando no corpo mensagens de motivação : “We Will Overcome” e “Believe”.
Isto não é marketing, isto é… ACREDITAR!
Aconteceu! O
momento da verdade surgiu em 2005 com a formação dos In This Moment.
Agora, Maria Brink , já podia transportar para as
suas músicas todo aquele turbilhão de
emoções que foi acumulando ao longo do tempo. Agora já
nos podia falar sobre o abandono do seu
pai em Daddy’s Falling ou sobre a morte do seu melhor amigo em, Legacy Of Odio.
Agora, já podia… explodir!!!!
O que os In This Moment fazem é metal puro e
duro. Sobre essa base são
acrescentados samplers electrónicos , criando
uma parafernália de sonoridades que deixa o pessoal meio atordoado. Ou se gosta ou se odeia!
A toada tanto é violenta e imprópria para cardíacos como
de repente vira para tons mais serenos e experimentais. É precisamente aqui que entra a galáctica voz
de Maria Brink as partes guturais e limpas encaixam que nem uma luva nessas
fulminantes alterações rítmicas.
As pinturas, o aparato cénico e a intensa carga erótica
completam este imenso caldeirão fumegante que, afinal, não é mais nem menos que
o reflexo da personalidade irrequieta e exuberante desta “beldade assassina”
que dá pelo nome de Maria Brink.
Quanto ao nosso amigo do Youtube, acabei por sair de fininho
com a envergonhada justificação : “ Pronto… ok… tudo bem… a tipa até é
desenrascada.”
Aqui está um nome importante a reter : Sleeping Romance.
Não é preciso ser um génio para perceber que estes
italianos de Modena não inventaram a
pólvora mas, aquele toque pessoal de Federica Lanna , não deixa de ser uma lufada de ar fresco no ambiente
super congestionado do Metal Sinfónico.
Bem vistas as coisas,
o estilo envolvente desta “caloira “ da região dos luxuosos Maserati ,
não é mais nem menos do que
uma mistura de várias influências.
Assim de repente , o que salta mais à vista são as
evidentes semelhanças físicas e vocais com a consagrada Sharon den Adel .
Também dá para notar alguns vestígios
de Charlotte Wessels ou até de
Simone Simmons.
Numa altura em que o álbum de estreia , Enlighten,
ainda provocava algum burburinho , os Sleeping Romance não perderam tempo e regressaram em força com o single, Fire & Ice.
Para os ouvidos mais distraídos as coisas poderão soar
algo batidas, no entanto, ninguém me tira da ideia que há
ali qualquer coisa que pode levantar voo
a qualquer momento.
Não quero estar aqui a armar-me em esperto mas tenho um palpite que esta “ Bella Ragazza” ainda nos vai dar
muitas alegrias.
A banda
germânica de metal sinfónico Xandria, começou a dar os primeiros passos em
1997 e, deste então, o seu percurso tem
sido marcado pelas sucessivas alterações na sua linha mais avançada.
Este pessoal anda
sempre às cabeçadas e não faz a coisa por menos : muda de vocalistas como quem muda de camisa.
Isto tem sido um verdadeiro festival de entradas e
saídas.
Lisa Middlehauve foi a primeira a aparecer e ficou na
história por ter colocado os Xandria no mapa do Metal Gótico mundial. Infelizmente , não se aguentou nas canetas. O exigente
papel de “frontwoman “
foi um fardo demasiado pesado para carregar naqueles
delicados ombros.
Só havia uma atitude a tomar : ir cantar para outra
freguesia !
Seguiu-se Kerstin
Bischof que nem teve tempo de aquecer o lugar. Entrou por uma porta e saiu
por outra.
Manuela Kraller
foi a eleita para ocupar o trono e a banda passou por uma estrondosa transição
do Gótico para um Metal Sinfónico muito ao estilo dos
consagrados Nightwish.
Surgiram de imediato as inevitáveis e elogiosas comparações com a diva Tarja Turunen.
Para mal dos nossos pecados, foi sol de pouca dura. Em 2013, Maria Kraller sentiu-se perdida e resolveu dar à sola para
seguir um caminho musical
completamente diferente.
Ora, que se f… lá
a taça ! Mais uma promessa adiada…
Como em equipa que ganha não se mexe, a banda optou por
recrutar um clone de Manuela Kraller mantendo
todos os ingredientes do melhor Metal Sinfónico que se vai confeccionando
por esse mundo fora.
Se querem saber a
opinião deste grande especialista , a única diferença está , apenas e só, concentrada
nos gigantescos membros inferiores da explosiva … Dianne van Giersbergen.
No entanto, sabendo
o que a casa gasta, impõe-se a decisiva
questão : será que a Dianne tem mesmo… pernas para andar ?
Os Flyleaf surgiram em 2000 com um plano bem definido : alertar-nos para a evidência de que esta vida é
demasiado curta e preciosa para ser percorrida por caminhos lamacentos e perigosos.
Lacey Sturm foi a voz que nos apresentou de forma dramática essa
mensagem.
A sua arrepiante
história , contada no livro , “ The Reason: How I Discovered a Life Worth Living “, foi a grua que catapultou
a banda para a ribalta dos palcos Post-Grunge mundiais.
Ninguém estava à
espera desta deserção, mas a maternidade tem destas coisas.