Acerca de mim

A minha foto
CORTEGAÇA , OVAR, Portugal
Canal YouTube : @amandiojnr AMÂNDIO JNR

FESTIVAL MALDITO – VAGOS OPEN AIR 2013 -1º. DIA – LACUNA COIL

Parece que já passaram séculos desde o Vagos Open Air 2013 . A verdade é que o verão esfumou-se  e  só nos resta  colocar as gabardines e os cachecóis a postos para enfrentar os longos e cinzentos meses que se aproximam. 
Mas,  como  gosto de cumprir as minhas promessas , aqui estou eu a prosseguir com o rescaldo da 1ª. noite do Festival Maldito.
Além dos Evergrey, os Lacuna Coil foram outra das razões que me levaram a meter os pés a caminho até Vagos.
Vamos lá tentar traçar o perfil desta gente . Não há dúvidas que a imagem é gótica mas o  subestilo musical é difícil de etiquetar.  E não é preciso , porque nós queremos é boa música independentemente do “ compartimento” em que esteja inserida.  Não precisamos de rótulos. No limite, os álbuns  dos Lacuna Coil poderiam  levar um carimbo a dizer  “ Timeless and Honest Metal “

 A grande verdade é que , no dinâmico universo das Female Fronted Bands , os Lacuna Coil garantiram já o seu mais que merecido lugar na história.
Quanto  ao concerto de Vagos , em primeiro lugar,  devo realçar que foi uma honra estar na sessão de autógrafos e trocar algumas “bocas” com estes deuses do metal.   Irreverentes , simpáticos e explosivos,  estes “milaneses de gema” voltaram  a Portugal,  10 anos depois,  para mostrar serviço,  incendiando  o palco a plateia e os arredores.  Não existiram  pontos mortos. Foi chegar, ver e vencer ! 
Só fiquei com uma pequena espinha encravada na garganta.  A  versão, Enjoy The Silence,  dos míticos  Depeche Mode, foi, obviamente, um dos pontos altos da noite,  mas, imagino a loucura que seria se tivessem acrescentado à festa aquele que eu considero um dos melhores covers alguma vez realizados. É evidente que estou a falar do hino pop-rock dos anos 90,  Losing My Religion,  dos célebres R.E.M.
Mas aquele apoteótico final com Spellbound fez-me esquecer esse minúsculo contratempo e voltei para casa com um enorme sorriso nos lábios e com uma vontade doentia de prolongar o verão, no mínimo,  até … dezembro ! 

UHF : VERNÁCULO – O GRITO SILENCIOSO OU … SILENCIADO ?

Antes de entrar no tema propriamente dito,  devo dizer que sempre fui um “adepto “ dos UHF. Ainda guardo religiosamente,  num sítio seguro,  o “ Santo Graal “  da  música moderna portuguesa. Como já devem ter percebido,  estou a falar do mítico,    “ À FLOR DA PELE “ .  Depois desta pequena introdução, já posso avançar  para o que me trouxe aqui.
Andei,  este tempo todo,  a queimar os  neurónios com intermináveis palestras sobre a multidão de calhaus que  circulam impunemente por este país,  e acabei   estendido ao comprido  perante a cruel objetividade de António Manuel Ribeiro.  Genial !  Em apenas 10 minutos , o “Jim Morrison”  lusitano,  chama   os bois pelos nomes  e  mostra-nos  de que material é feito este  amontoado de delinquentes  que continua a rir-se à custa da apatia típica deste país de brandos costumes. Literalmente, António Manuel Ribeiro, tirou-nos as palavras da boca !
Porque será que ninguém “pega” neste tema ?  Será que estas palavras  são fortes demais para serem divulgadas ? Todos sabemos que  os  telejornais preferem ocupar o seu precioso tempo com as aldeias e sopeiras  do Tony Carreira.  Todos sabemos que a nossa  comunicação social é tão submissa que acaba por ser  cúmplice desta podridão  geral.  Conclusão, todos sabemos que alguém tem de remar contra a maré  e dar voz aos artistas, a sério,  que têm a coragem de enfrentar e  apontar o dedo a toda esta corja de malfeitores que, ao longo dos anos,  nos arrastaram  para a sarjeta