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MEMENTO : Memória Curta


Nem sei o que dizer. Já vi o filme duas vezes e ainda não encontrei uma explicação convincente que me deixe verdadeiramente aliviado.
O enredo até parece simples, só que o realizador utiliza uma narrativa original e traiçoeira, que baralha o espetador, levando-o a ficar com lapsos de memória que é, precisamente, o mal de que padece Leonard, após ter assistido à morte violenta da sua esposa dentro da sua própria casa. Vou tentar explicar o inexplicável. A história é apresentada de trás para a frente, isto é, começa no final e acaba no início. Para complicar, as cenas a preto e branco, que seguem o rumo normal dos acontecimentos, são intercaladas com cenas a cores, que andam às avessas. Para complicar ainda mais, as cenas a cores terminam onde a antecessora começou. Confusos? Eu já estou com tonturas só de estar a escrever sobre isto.


Depois do ataque, Leonard perdeu a capacidade de armazenar memórias recentes, ou seja, consegue lembrar-se de tudo antes do acidente, mas é incapaz de dizer se comeu bacalhau à brás ou tripas ao almoço. Para contornar essa falha, vai tatuando no seu corpo mensagens e pistas que o ajudem a encontrar o(s) assassino(s) da sua amada. Quase vindo do espaço, aparece o ex-detetive Teddy, que participa de forma estranhamente empenhada na investigação. Para ajudar à festa, surge Natalie que parece ter algum interesse em atrofiar ainda mais os neurónios de Leonard.


O caricato de toda esta situação é que, apesar da nossa amnésia e de todos estes avanços e recuos , no final, acabamos por ter um momento de revelação e alívio. Onde está a complicação? Afinal, o assassino foi assassinado !
Esta foi boa: o assassino... assassinado! Acho que já estou a ficar meio esgazeado. Ok, o que eu queria dizer é que se fez justiça e não se fala mais nisso.
Ironicamente, é a partir daqui que começa o tormento. Passados 30 segundos, a nossa mente é assaltada por imagens e pormenores aparentemente insignificantes que nos transportam para outros caminhos e, foda-se... volta tudo à estaca zero. Será que a esposa de Leonard morreu mesmo? Teddy é um amigo ou apenas quer desviar as atenções? Natalie quer dar umas cambalhotas ou aproveitar-se da fraca memória de Leonard? Quem é o verdadeiro John G.? Haverá vida em Marte ? O Sporting vai ser campeão?
São questões a mais por resolver. Penso que até o próprio Christopher Nolan foi ultrapassado pelos acontecimentos e já nem sabe muito bem o que aconteceu! Simplesmente... GENIAL!!




CARTAZ INCRÍVEL : OPETH + PAIN OF SALVATION

DIREITO DE RESPOSTA

Antes de ir ao que interessa, vale a pena explicar o seguinte : Sebastian é o mentor deste blogue e ponto final . No entanto, quando iniciamos este projeto , celebramos um acordo de cavalheiros , no qual , ambos teríamos inteira liberdade para exprimir as nossas divergentes opiniões. Isto não aconteceu por acaso : todos estes anos de amizade, acabaram por nos transformar numa espécie de duas faces da mesma moeda. No final de contas, este espaço de convívio, não é mais do que um prolongamento das nossas “ fraternas “ discussões.

Dito isto, e não querendo ser mauzinho, penso que o meu amigo Sebastian acabou por cair na sua própria armadilha. Cheira-me que andou por aqui a puxar físico, de forma descarada no seu último discurso sobre o estado da nação que chamou de, “ Geração com a Cueca na Mão “.

Volto a colocar a imagem de algumas das nossas “Estrelas” só para lhe lembrar que este país não está condenado ao fracasso
Pelas suas palavras , quase que podemos tirar a conclusão de que ele é a única pessoa íntegra e inteligente que habita neste pequeno retângulo.
No entanto, a avaliar por algumas das suas gafes ortográficas, gramaticais, morfológicas e de pontuação, não lhe fica assim muito bem estar-se aqui a colocar em bicos de pés.
Aquela teoria esquisita do “ Narcisismo Mórbido “ é que me deixou de rastos. Será baseada em dados científicos ou não passa de mais uma das suas alucinações cerebrais ?
Que fique bem claro : eu também me espalho ao comprido em termos de escrita, ainda mais agora, com esta confusão do acordo ortográfico. Ainda assim , sou humilde ao ponto de reconhecer as minhas limitações. Penso até que deverei ter o recorde nacional na colocação dos pontos e vírgulas nos sítios mais imprevisíveis.
Uma coisa é certa, se até os grandes intelectuais cometem os seus deslizes , quem somos nós ? Lembram-se daquela do Manuel Alegre ?
Adiante, vamos descomprimir e deixar estes temas pesados das misérias politico-económicas para os milhões de especialistas que existem neste país e desviemos as nossas atenções para ambientes bem mais leves. (?)


CARTAZ DE PESO EM ALMADA : OPETH + PAIN OF SALVATION

Por incrível que pareça, no próximo dia 20 de Novembro, o Incrível Almadense vai receber um cartaz colossal : OPETH e PAIN OF SALVATION. Apesar das diferenças , estas duas bandas têm muitos pontos coincidentes. Além de serem oriundas desse viveiro de monstros do Metal que é a Suécia , os seus estilos não encaixam em nenhum dos subgéneros tradicionais do Heavy Metal.
No caso dos visionários OPETH, a base Death Metal é , muitas vezes, polvilhada com elementos progressivos e ambientes, imagine-se, Jazz .
Os Pain Of Salvation, apesar de serem uma das bandas mais importantes da chamada 2ª. geração do Progressive Metal, optam por uma via de experimentação de novas sonoridades e introdução de temas de natureza filosófica.
Em termos de gostos pessoais, a balança pende mais para os lados dos Pain Of Salvation, até porque, considero o carismático Daniel Gildenlow , um dos melhores vocalistas de sempre, como se pode comprovar através do Top-20 que está por aí algures neste desorganizado blogue.
http://www.youtube.com/watch?v=hwHJ_noUNsg




J.Pestilence

A GERAÇÃO COM A CUECA NA MÃO ( PARTE II )





Peço desculpa pelo meu súbito ataque de sono que deixou a meio a resposta ao discurso cor-de-rosa do mestre Pestilence no seu famoso artigo, “ Estrelas a toda a Prova “ . Foi pena, porque fiquei com a sensação de que ía bem lançado para dizer algo de realmente decisivo.
Fo..-se , agora corro o risco de me dispersar e comprometer toda uma linha de raciocínio que poderia causar alguns estragos.
Vamos lá fazer um esforço para engatar na temática.
Se bem me lembro, estava a tentar demonstrar a ideia de que o nosso monstruoso défice financeiro se deve, em grande medida , ao nosso , igualmente monstruoso, défice de massa cinzenta, caráter e integridade.
Tal e qual . O meu pessimismo resulta precisamente da inevitabilidade de vivermos eternamente em sobressalto , já que estamos a falar de anomalias profundas , que se situam a um nível cromossomático.
A explicação é simples . Os habituais deslizes, erros , lapsos, equívocos, esquecimentos, falhas e desvios, são provocados por um grave distúrbio comportamental que afeta uma grande franja da nossa sociedade e que dá pelo nome de : Narcisismo Mórbido .


Bastam dois dedos de conversa com um membro dessa vasta comunidade para, desde logo, detetarmos um certo ar de sobranceria e auto-confiança que, infelizmente , não tem qualquer base de sustentação. Esta enfermidade manifesta-se , essencialmente , através do típico, “ Puxar de Físico “, em que o doente “ faz e acontece “ mas que , depois de tudo bem espremido , os resultados ficam sempre, escandalosamente, aquém das expetativas.


Esta arreliante tendência para a fanfarronice chega a assumir contornos de epidemia, atingindo, transversalmente, todas as camadas da sociedade portuguesa. O mais grave é que o “ gabarola mórbido “, como não consegue, ou não quer , olhar-se de cima a baixo, não têm a mínima noção das tristes figuras que faz e, coitadinho, acredita cegamente, que é … O MAIOR !
Chega a ser cómico : isto é “show off” de primeiríssima água !



Ironicamente, os próprios portugueses, ao elegerem um ditadorzeco de ideias curtas, chamado Salazar, como a figura portuguesa mais importante do Século XX, estão a admitir que, de facto, não existem doses suficientes de inteligência, caráter, competência e integridade para colocar o país no caminho da felicidade eterna.



Mas, se ainda restassem dúvidas, a definitiva prova das nossas crónicas limitações está escrita em letras garrafais nas páginas da história.
Aventureiros, destemidos e desenrascados sempre fomos. Descobrimos e conquistamos novos mundos. Depois esta terrível disfunção veio à superfície e , voltou tudo à estaca zero !
Não há dúvidas, meu caro Pestilence , se são séculos e séculos a cometer sempre os mesmos erros é porque está escrito , igualmente em letras garrafais, no nosso ADN, esta predisposição para sermos os eternos atrasados ... do pelotão.



É com o coração apertado que vou dedicar uma palavra final para o Calhau mais azarado da História.
Os maiores líderes sempre foram conhecidos pelas suas grandes visões de futuro .
O nosso glorioso D.Afonso Henriques teve tudo menos isso. Andou à porrada com
os galegos, com a mãe, com o primo, com os mouros e, afinal, toda essa pancadaria para quê ?
Será que ele se teria metido em todas essas escaramuças se suspeitasse que o seu país se iria converter nesta vergonha à beira-mar plantada ?
Coitado do homenzinho, bastou essa pequena falha para se ter transformado, involuntariamente, no Pai de todos os CALHAUS !

De seguida, um momento musical, para encerrar , definitivamente, esta secção dos CALHAUS . Um doce para quem adivinhar quem será o eleito .
Nem mais, aí está ele em todo o seu esplendor …