

Com Tom Englund a comandar as operações, umas vezes de forma emotiva e suave, outras de forma explosiva , os Evergrey apresentam-nos um trabalho intenso, carregado de emoção e raiva. Para reforçar toda a carga dramática contaram com as ajudas preciosas de Carina Englund e do trio Odemira … estou a brincar… do quarteto de cordas da orquestra sinfónica de Gotemburgo.
Por falar em Trio Odemira, o que será feito desta gente ? Logo que acabar este texto vou p’ra net investigar sobre o paradeiro da banda preferida do meu velhote .

A Touch of Blessing : se em certos momentos a voz de Englund e a guitarra de Danhage nos entram pelos ouvidos dentro como metralhadoras mortíferas , no segundo seguinte, fazem-nos lembrar um passarinho a chilrear na nossa janela. Não é p’ra me gabar mas penso que a imagem que acabei transmitir retrata na perfeição toda a ambiência deste tema
When the Walls Go Down : neste empolgante instrumental , enquanto nos deliciamos com as mirabolantes acrobacias técnicas dos mestres, Hakansson ( baixo ), Zander (teclas), Jonas Ekdahl (bateria) e Henrik Danhage (guitarra) podemos assistir, em segundo plano, a uma espécie de cerimónia religiosa onde um alucinado sacerdote vomita todos os seus recursos linguísticos numa tentativa desesperada para convencer os descrentes. Esta é a minha interpretação do tema, como é óbvio, poderão existir outras. Simplesmente genial !
Para finalizar em grande estilo , nada melhor do que versões acústicas de três faixas do álbum anterior, gravadas ao vivo em França : I’m Sorry, Recreation Day e Madness Caught Another Victim. Os franciús não mereciam tanto !

J.Pestilence