UHF : VERNÁCULO – O GRITO SILENCIOSO OU … SILENCIADO ?

Antes de entrar no tema propriamente dito,  devo dizer que sempre fui um “adepto “ dos UHF. Ainda guardo religiosamente,  num sítio seguro,  o “ Santo Graal “  da  música moderna portuguesa. Como já devem ter percebido,  estou a falar do mítico,    “ À FLOR DA PELE “ .  Depois desta pequena introdução, já posso avançar  para o que me trouxe aqui.
Andei,  este tempo todo,  a queimar os  neurónios com intermináveis palestras sobre a multidão de calhaus que  circulam impunemente por este país,  e acabei   estendido ao comprido  perante a cruel objetividade de António Manuel Ribeiro.  Genial !  Em apenas 10 minutos , o “Jim Morrison”  lusitano,  chama   os bois pelos nomes  e  mostra-nos  de que material é feito este  amontoado de delinquentes  que continua a rir-se à custa da apatia típica deste país de brandos costumes. Literalmente, António Manuel Ribeiro, tirou-nos as palavras da boca !
Porque será que ninguém “pega” neste tema ?  Será que estas palavras  são fortes demais para serem divulgadas ? Todos sabemos que  os  telejornais preferem ocupar o seu precioso tempo com as aldeias e sopeiras  do Tony Carreira.  Todos sabemos que a nossa  comunicação social é tão submissa que acaba por ser  cúmplice desta podridão  geral.  Conclusão, todos sabemos que alguém tem de remar contra a maré  e dar voz aos artistas, a sério,  que têm a coragem de enfrentar e  apontar o dedo a toda esta corja de malfeitores que, ao longo dos anos,  nos arrastaram  para a sarjeta