
Nem sei o que dizer. Já vi o filme duas vezes e ainda não encontrei uma explicação convincente que me deixe verdadeiramente aliviado.
O enredo até parece simples, só que o realizador utiliza uma narrativa original e traiçoeira, que baralha o espetador, levando-o a ficar com lapsos de memória que é, precisamente, o mal de que padece Leonard, após ter assistido à morte violenta da sua esposa dentro da sua própria casa. Vou tentar explicar o inexplicável. A história é apresentada de trás para a frente, isto é, começa no final e acaba no início. Para complicar, as cenas a preto e branco, que seguem o rumo normal dos acontecimentos, são intercaladas com cenas a cores, que andam às avessas. Para complicar ainda mais, as cenas a cores terminam onde a antecessora começou. Confusos? Eu já estou com tonturas só de estar a escrever sobre isto.


Esta foi boa: o assassino... assassinado! Acho que já estou a ficar meio esgazeado. Ok, o que eu queria dizer é que se fez justiça e não se fala mais nisso.
Ironicamente, é a partir daqui que começa o tormento. Passados 30 segundos, a nossa mente é assaltada por imagens e pormenores aparentemente insignificantes que nos transportam para outros caminhos e, foda-se... volta tudo à estaca zero. Será que a esposa de Leonard morreu mesmo? Teddy é um amigo ou apenas quer desviar as atenções? Natalie quer dar umas cambalhotas ou aproveitar-se da fraca memória de Leonard? Quem é o verdadeiro John G.? Haverá vida em Marte ? O Sporting vai ser campeão?